quarta-feira, 22 de outubro de 2014

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Fonte:Google

TRAJETÓRIA

Silvia Correa de Faria nasceu em Astolfo Dutra, Minas Gerais. Filha do funcionário público Waldemiro Correa de Faria e da dona de casa Marília de Dirceu Oliveira Faria, formou-se em jornalismo pela Universidade de Brasília e fez MBA em gestão empresarial na Fundação Dom Cabral.
Começou a trabalhar, como estagiária, no Jornal de Brasília em 1978, enquanto cursava a universidade. Seu primeiro emprego foi na Folha de S. Paulo, na qual permaneceu entre 1980 e 1986. A partir de 1987, trabalhou na sucursal brasiliense do jornal O Globo, primeiro como repórter, depois como coordenadora de Economia e chefe de redação. Naquele ano, cobriu o pedido de moratória da dívida externa brasileira e o Plano Bresser, tentativa do governo Sarney de controlar a inflação.
Em 1989, a jornalista voltou a cobrir um plano econômico do governo, o Plano Verão, traçado pelo economista Maílson da Nóbrega. Sobre as dificuldades do exercício do trabalho jornalístico em Brasília, onde as relações entre público e privado nem sempre ficam claras, Silvia é enfática ao se reportar à experiência no jornal O Globo no início da sua carreira: “A minha escola, por eu ter trabalhado no Globo desde muito nova, sempre fui assim: eu sou rigorosamente exigente nesse aspecto. Acho que o jornalista tem que ser jornalista, não dá para ser outra coisa, não tem como servir a dois senhores, se perder nessa orientação. Você tem que ser isento, você tem que viver do seu trabalho, saber o que pode fazer no seu trabalho para que você possa ser respeitado. Ser uma pessoa criteriosa, isenta, imparcial. Sabe, essa escola Globo, ela introduziu essa cultura.”

Silvia Faria recebeu o Prêmio Imprensa Embratel em 1991 por sua reportagem, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, sobre o uso irregular de estatais para financiar governos estaduais. Em 1993, teve uma rápida passagem pela Folha de S. Paulo, como coordenadora de Economia. No ano seguinte, voltou para o jornal O Globo.

Em 1997, tornou-se coordenadora de Comunicação do Banco Central do Brasil, cargo em que permaneceu por dois anos, quando foi contratada pelo Estado de S. Paulo para dirigir a sucursal do jornal em Brasília. Em 2001, ainda na capital federal, transferiu-se para a revista Época, como diretora de redação. Em outubro do mesmo ano, Silvia Faria assumiu a chefia de redação da Rede Globo em Brasília. Três anos depois, foi promovida à diretoria de jornalismo da sucursal.
Como diretora da sucursal de Brasília, acompanhou acontecimentos importantes da história do país, como as eleições de 2002, quando o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva elegeu-se presidente da República; a posse do novo presidente com grande participação popular; a primeira crise do governo Lula com o estouro do escândalo do Mensalão; o acidente com o avião da Gol no sul do Pará; a operação Caixa de Pandora, escândalo envolvendo o senador José Arruda em corrupção, o afastamento do cargo de governador do Distrito Federal e cassação do seu mandato; a eleição de Dilma Roussef, primeira presidente mulher no Brasil; e a visita do presidente Barack Obama a Brasília.
Silvia também comandou transformações expressivas nos telejornais locais, Bom Dia DF e DFTV-1ª edição e DFTV 2ª edição, com a mudança de âncoras, criação de quadros, presença de comentaristas; mudança de cenários, de modo a permitir maior circulação dos apresentadores e interação com a reportagem e especialistas via tela de TV instalada no estúdio; e, principalmente maior aproximação dos interesses das comunidades que vivem em Brasília. “O Bom Dia DF, por exemplo, que tinha 30 minutos de duração passou a 45 minutos e hoje tem uma hora...E como é muito cedo, ele requer muita estrutura para fazer coisas ao vivo. Porque senão fica um jornal de manhã com cara danoite e aí você não consegue dar a impressão para o telespectador de que ele está vendo uma coisa atualizada. Essa é a primeira característica de um jornal matutino. E como é longo e aborda muitos assuntos comunitários, ele requer uma estrutura de comentarista, de entrevistas em estúdio. São recursos que você precisa para explicar melhor uma informação".
Também na sua gestão à frente de Brasília foi criado o Globo Esporte local: “A cidade de Brasília tem características que permitem que a gente explore outros esportes que não sejam só futebol: tem esporte amador, é a cidade onde mais se tem corrida de rua, trilhas para bicicleta, aproveita-se muito o Lago – o lago é muito grande – para fazer esportes náuticos.”
A partir de dezembro de 2011, além de fazer a supervisão dos telejornais de rede, a jornalista ficou responsável pelo controle editorial dos noticiários locais de Brasília, Belo Horizonte e Recife; assim como dos programas Globo Repórter, Profissão Repórter e Globo Mar. Já no mês seguinte, passou a ocupar o cargo de diretora executiva da Central Globo de Jornalismo da Rede Globo, coordenando coberturas importantes, como a da CPI do Mensalão e o julgamento dos acusados pelo STF.

Com a sucessão de Octávio Florisbal por Carlos Henrique Schroder na direção-geral da Rede Globo, Silvia Faria assumiu, em setembro de 2012, a direção da Central Globo de Jornalismo, no lugar de Ali Kamel, que passou a responder pela direção-geral de jornalismo e esportes.

Na direção da Central, Silvia Faria é responsável pela coordenação e planejamento da campanha presidencial, as campanhas para governador, senador, deputado federal e estadual em 2014. Além de coordenar a cobertura das equipes de jornalismo nas cinco sedes da Globo (Rio, São Paulo, Recife, Brasília e Belo Horizonte), Silvia acompanha as coberturas jornalísticas das 117 emissoras afiliadas. Desde que assumiu o cargo, já coordenou importantes coberturas jornalísticas como as manifestações de junho de 2013 em todo o país e o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, ocorrido em janeiro do mesmo ano e que deixou 242 jovens mortos e 382 feridos. A cobertura da tragédia pelo Jornal Nacional é finalista do prêmio Emmy em 2014.

[Depoimento concedido ao Memória Globo por Silvia Faria em 12/11/2012.]

 

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