sábado, 8 de março de 2014

Diversão e arte.

 


Lenine mistura ruídos do cotidiano a sucessos da carreira como Paciência

Até domingo o pernambucano se apresenta em Brasília, no palco do Teatro da Caixa Cultural


 

Paula Bittar, Especial para o CorreioPubl
O cantor pernambucano retrata nas músicas de Chão sua visão sobre o agora ( Beto Figueiroa/Divulgação)
O cantor pernambucano retrata nas músicas de Chão sua visão sobre o agora
A experimentação é mote da turnê Chão, com a qual Lenine vem seguindo nos últimos dois anos, com passagem por mais de 70 cidades do Brasil e países na Europa e na América do Sul. Essa já é a mais numerosa da carreira do artista. Até domingo o pernambucano se apresenta em Brasília, no palco do Teatro da Caixa Cultural.

O sucesso de Chão mostra que o trabalho conceitual também tem apelo popular. “Todo trabalho é conceitual. No meu caso é sempre um reflexo de minha cabeça hoje. É o meu olhar sobre as coisas no agora. Acho que tudo o que faço tem a ver com crônica, portanto tudo parte de um conceito”, reflete.

As músicas do disco homônimo à turnê foram gravadas sem bateria e percussão. Entre elas, os sucessos Paciência e Jack soul brasileiro. Sons do cotidiano do cantor também foram incluídos nos arranjos. O desafio deu certo. Chão revela um Lenine que não cansa de procurar novos caminhos para experimentar a música com todos os que nos rodeiam. “Na área de composição, não existe só uma mecânica”, revela.

Lenine – turnê Chão

terça-feira, 4 de março de 2014

Jovem de Brasília realiza sonho e irá dançar no Bolshoi, em Moscou.


Jovem de 18 anos nascida e treinada em Brasília é aceita em curso da academia russa. Dividindo o tempo entre a faculdade e as sapatilhas, ela se prepara para encarar o desafio de fazer aulas ao lado de alguns dos melhores bailarinos de todo o mundo



Natascha começou a carreira aos 7 anos e, hoje, além de treinos diários, inclusive aos fins de semana e feriados, dá aulas de balé em uma academia (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Natascha começou a carreira aos 7 anos e, hoje, além de treinos diários, inclusive aos fins de semana e feriados, dá aulas de balé em uma academia


Movimentos suaves de uma brasiliense de 18 anos despertaram o olhar exigente de bailarinos de um dos mais antigos e prestigiados grupos do mundo: a Academia de Ballet Bolshoi, na Rússia. Pela primeira vez na história de Brasília, uma dançarina nascida e treinada na cidade foi aceita para participar do programa de verão da instituição, em Moscou. Natascha Farias Iplinsky ficará cerca de dois meses na terra do escritor Fiódor Dostoiévski para aprender novas técnicas. A estadia dela em solo russo, no entanto, poderá ser estendida caso a jovem seja chamada para integrar o corpo de bailarinos do instituto de dança ao fim das aulas, em agosto deste ano.

Natascha está a quatro meses de viver o maior sonho dela e de qualquer bailarina de balé clássico. Na semana passada, a moradora do Cruzeiro Velho recebeu por e-mail a mensagem que tanto esperou. “Estava na faculdade quando vi, no celular, a carta de aceitação. Senti muita alegria e logo liguei para minha mãe e para Norma Lilia. Mal pude acreditar. Conheço muita gente que tentou e nunca conseguiu entrar”, relembra. “Admiro muito o Bolshoi. Chegar lá é o topo para qualquer bailarina. Estou me preparando ao máximo para entrar na academia, porque terei aulas o dia inteiro e será bem pesado”, revela Natascha.

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Para participar da seleção, Natascha teve que pedir ajuda para produzir um vídeo com o teste exigido pela banca avaliadora do Bolshoi. Em 10 minutos de imagens, a jovem exibiu movimentos perfeitos. “Montei a sequência e explorei o que ela tinha de melhor, sem aparentar nenhum erro”, revelou Norma, que acompanha o desenvolvimento de Natascha no balé há 11 anos, quando a jovem deu os primeiros passos na dança. Ao som de uma composição do russo L. Minkus, a estudante de nutrição mostrou que nasceu predestinada para trilhar o caminho da grande incentivadora e de outras bailarinas que são exemplos para ela, como a brasileira Ana Botafogo. “Digamos que ela ganhou na Mega-Sena um prêmio no valor de R$120 milhões”, brinca a professora.

Natascha foi testada em vários aspectos. Desde a precisão de saltos até a delicadeza dos movimentos. Avaliações que, segundo Norma, são, sem dúvida, as mais difíceis para qualquer bailarina. “Mas ela tem um conjunto de tudo: vocação, talento, dedicação e perfeição. Tem tudo isso desde criança. Natascha tem um grande potencial. Essa aceitação é um ganho para ela e um reconhecimento de um trabalho minucioso”, orgulha-se Norma. “Não foi fácil, porque eles são bastante rigorosos. Pedem uma sequência de passos na barra para avaliar a flexibilidade, o nível de técnica e o equilíbrio”, destacou a jovem. 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval em Brasília.

Montagem da Passarela da Alegria termina hoje; desfiles começam no sábadoExpectativa dos organizadores é receber 20 mil pessoas por dia

Publicação: 28/02/2014 06:08 Atualização:

O sambódromo ocupa área de 40mil m²: investimento de R$ 2,5 milhões (Janine Moraes/CB/D.A Press)
O sambódromo ocupa área de 40mil m²: investimento de R$ 2,5 milhões

A um dia do início da folia de carnaval, o movimento de carros, caminhões, e trabalhadores na montagem da Passarela da Alegria é grande. E o trabalho não tem hora para acabar. O prazo de entrega da estrutura é hoje. O Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a Polícia Militar e a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) fizeram a primeira inspeção no dia 17, mas o resultado de uma nova vistoria, realizada ontem, será divulgado hoje. Caso haja algum problema, os operários terão apenas algumas horas para corrigi-lo a tempo dos desfiles.

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Uma área de aproximadamente 40 mil m² recebe pela segunda vez o sambódromo de Brasília no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson. Além da Passarela da Alegria, há uma estrutura de apoio, arquibancadas, camarotes, espaço para a imprensa e três salas de jurados. Entre amanhã e terça-feira, desfilarão mais de 10 mil artistas e integrantes das escolas de samba. Nas arquibancadas, os organizadores esperam receber mais de 20 mil pessoas por dia. “Queremos lotar o espaço e receber as famílias de Brasília para um espetáculo de beleza e um momento de confraternização”, afirma o coordenador-geral do carnaval, Dorival Brandão.

Para proporcionar conforto e segurança aos foliões, cerca de mil funcionários trabalharam na montagem da Passarela da Alegria e mais de 300 farão a manutenção do espaço. A Secretaria de Cultura investiu R$ 2,5 milhões na estrutura. O governo também colocará à disposição do público brasiliense 400 banheiros químicos, posto médico e do Corpo de Bombeiros, três ambulâncias, 20 socorristas e 202 policiais militares.

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Operação da Polícia Civil do DF combate gangues em Planaltina


Mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos em toda a cidade

Publicação: 28/02/2014 06:29 Atualização: 28/02/2014 08:57

Uma operação da Polícia Civil cumpre, nesta manhã de sexta-feira (28/2), 42 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Intitulada ‘Tocaia’, a ação é realizada em toda a cidade de Planaltina, com o objetivo de combater gangues existentes na região. Todos são suspeitos de cometerem homicídios, roubos e furtos na cidade, além de envolvimento com tráfico de drogas. Até por volta das 8h40, 53 pessoas foram detidas. 

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Todos os presos serão levados para a 31ª Delegacia de Polícia. Os adolescentes apreendidos seguem para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). A operação, feita em conjunto com Departamentos de Polícia Circunscricional (DPC), Departamento de Atividades Especiais (DEPATE) e o Departamento de Polícia Especializada (DPE), envolve 300 policiais de várias delegacias do DF e 100 viaturas. Um helicóptero também é usado nas buscas.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ator preso por engano

"Há muitos Vinícius lá dentro", diz ator que foi preso por engano no RioVinícius Romão deixa a cadeia depois de ficar mais de duas semanas preso por um crime que não cometeu



Sem o cabelo black power, raspado na cadeia, Vinícius é solto após retratação da testemunha que o acusou ( Gabriel de Paiva/Agência O Globo)
Sem o cabelo black power, raspado na cadeia, Vinícius é solto após retratação da testemunha que o acusou
O caso do ator preso injustamente depois de ser acusado de roubo suscitou o debate sobre a relação entre a abordagem dos agentes da segurança pública e o preconceito racial. Depois de ficar 16 dias preso, Vinícius Romão de Souza, de 26 anos, foi solto na manhã de ontem. O jovem foi detido no dia 10, acusado por uma mulher que havia sido assaltada momentos antes. Dias mais tarde, ela admitiu, em novo depoimento, que poderia ter se enganado ao reconhecer Vinícius como o ladrão que a assaltou, pois ele teria as mesmas características do bandido: negro com cabelo no estilo black power.

A decisão de libertar o ator foi da 33ª Vara Criminal, após o delegado titular da 25ª Delegacia Policial (Engenho Novo) do Rio, Niandro Lima, pedir um habeas corpus. Vinícius estava detido em uma cadeia pública de São Gonçalo, na região metropolitana da capital fluminense. A Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) vai apurar se houve irregularidades na prisão de Vinícius Romão. Em uma nota burocrática, a corporação informou que uma investigação preliminar deve avaliar as condutas do policial civil Waldemiro Antunes de Freitas Junior, da 11ª DP (Rocinha), responsável pela abordagem do ator e pelo registro da ocorrência, e do delegado de plantão William Lourenço Bezerra, que fez o flagrante.

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No dia 10, Vinícius tinha acabado de deixar a loja em que trabalha quando foi abordado por dois policiais em uma rua do Méier, na Zona Norte. O ator foi obrigado a se deitar de bruços no chão e, em seguida, foi levado à 25ª DP. A prisão do rapaz repercutiu na internet. Amigos chegaram a fazer campanha em redes sociais para exigir a libertação dele, alegando que o ator teria sido vítima de preconceito.

Ao chegar em casa, ontem, no Méier, Vinícius declarou que se sentiu “acolhido pelos detentos” e que há “muitos Vinícius lá dentro (da cadeia)”. Recebido por amigos, vizinhos e jornalistas, ele disse que perdoou a mulher que o acusou pelo assalto e não quis comentar o erro da polícia que fez com que ele passasse 16 dias preso.

Para Fabiano Monteiro, professor de antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador da organização não governamental (ONG) Viva Rio, o fato de o jovem ser negro facilitou a negligência policial. “Tanto a Polícia Civil quanto a Militar fazem ligação direta entre negritude e pobreza. Uma vez pobres, esses cidadãos seriam menos capazes de acionar seus direitos, como a corregedoria, a Justiça ou mesmo a opinião pública, e, portanto, esses agentes poderiam ser mais negligentes”, teoriza o pesquisador.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Acessibilidade em Brasília.

Paralisação de ônibus prejudica passageiros em quatro cidades do DFRodoviários reclamam que contratos com as empresas que vão deixar o transporte do DF ainda não foram rescindidos



Em protesto, 70% dos rodoviários do Grupo Pioneira cruzaram os braços (Ed Alves/CB/D.A Press)
Em protesto, 70% dos rodoviários do Grupo Pioneira cruzaram os braços


Os moradores de Santa Maria, Gama, São Sebastião e Paranoá devem enfrentar problemas para usar o transporte público nesta quarta-feira (26/2). De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Rodoviários, Cláudio Galvão, 70% dos rodoviários do Grupo Pioneira cruzaram os braços, desde as 5h, para reclamar da demora na rescisão dos contratos com as empresas Satélite, Planeta e Cidade Brasília, que devem deixar de operar no Distrito Federal.

A paralisação é de 24h e, segundo o sindicato, apenas as empresas da cooperativa Cootarde e da empresa Rota do Sol, que fazem linhas circulares, devem funcionar. Como elas têm representatividade mínima, quem precisa de transporte para chegar a outras cidades vai encontrar bastante dificuldade. Só no Gama, 380 funcionários deixaram de trabalhar hoje. O reflexo são paradas de ônibus lotadas de passageiros.

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Os rodoviários afirmam que, no processo de transição de empresas do transporte público, apenas a Pioneira ganhou a licitação. A Satélite, a Planeta e a Cidade Brasília devem sair, mas os funcionários reclamam que seus direitos trabalhistas ainda estão pendentes. A Pioneira não quitou as dívidas e os trabalhores estão impossibilitados de trabalhar. São 600 pessoas paradas em casa, sem receber salário, segundo o sindicato.

O diretor-geral do DFTrans, Marco Antônio Campanella, afirma que o governo monitora a situação de perto, e espera que a empresa e o sindicato cheguem a um entendimento o mais rápido possível. Ele ressalta que esse foi o único caso problemático na transferência entre as antigas e as novas empresas que circulam no DF. “Quase 10 mil funcionários trocaram de patrão sem problema algum”, garante.

Por meio da assessoria de imprensa, a empresa alega que o governo havia se comprometido a arcar com as rescisões e teria desembolsado recursos para quitar as dívidas de outras empresas, como a Rápido Planaltina. Os funcionários teriam sido convocados a retomar o trabalho enquanto o impasse não se resolve.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Diversão - último Domingo do mês.

Resgate cultural no Lago Sul

Amantes da boa música ganham uma nova opção de programa. Todo último domingo do mês, serão realizados saraus na Escola Affinity Arts
SARAU DA ESCOLA AFFINITY ARTSLocal:SHIS QI 09 Conj. 16 Casa 07 – Lago Sul (entrada comercial)Entrada:Franca
A cantora argentina Mercedes Sosa ficou mundialmente conhecida como a “voz dos que não têm voz”. Descendentes de índios, a intérprete da aclamada “Volver a los 17” sempre cantou a igualdade e a busca por um mundo mais justo. Exatamente por isso, foi a homenageada no primeiro sarau de 2014 da Escola Affinity Arts, cujo tema foi Liberdade e Direitos Humanos.
O repertório de Sosa ganhou vida nova na voz da cantora Hondurenha, Indiana Nomma, que começou a carreira em Brasília e hoje mora no Rio de Janeiro. A diva esbanjou latinidade e encantou a plateia, de cerca de 100 pessoas, com sua potência vocal. “Esse sarau está sendo especial para mim, por tratar de um tema relacionado à minha vida: os direitos humanos”, explica.
Indiana é filha de brasileiros, exilados do Brasil durante a ditadura militar. Ela nasceu em Honduras, mas é filha de pai baiano e mãe gaúcha. “Hoje, estou cantando Mercedes Sosa em homenagem à minha mãe que, apesar de ter sido presa e torturada, foi uma mulher forte, que criou três filhos e lutou bravamente contra o câncer de mama”, diz, emocionada. Ela lembra que começou a apresentar esse show três dias após a morte da mãe. Desde então, pelo menos duas vezes ao ano, canta Mercedes Sosa gratuitamente, para celebrar a vida da progenitora.
Para garantir a inclusão de todos os espectadores, a Escola Afinitty Arts convidou a consultora e produtora de acessibilidade cultural Bárbara Barbosa para traduzir a letra das músicas e das poesias apresentadas para a linguagem dos sinais (libras). Mais uma prova do cuidado da escola com seus alunos e com a comunidade.

SOBRE OS SARAUS

Os saraus da Escola Affinity Arts embalaram as vidas dos brasilienses, entre os anos de 1998 e 2005. Os eventos tinham a tradição de unir música e leitura de poesias, frases e pensamentos relacionados a um tema específico. Mas apesar do sucesso do evento, os donos da escola – uma família de músicos e educadores – ficaram oito anos sem realiza-lo. Este ano, à pedido da comunidade, resolveram resgatar o projeto.
Ao longo desse ano, os saraus da Escola Affinity Arts serão realizados nos últimos domingos de cada mês. Com uma proposta intimista e aconchegante, a ideia é oferecer música de qualidade à população brasiliense. “É uma forma de dar acesso à arte para todos”, comenta a gerente financeira e de admissões da escola, Michele Faryj.
Para manter a tradição, cada sarau terá uma temática diferente, decidida em conjunto com os músicos. O objetivo é promover uma reflexão sobre o assunto, sensibilizando as pessoas por meio das artes. Sobre o tema do primeiro sarau, Michele enfatiza: “as músicas da Mercedes Sosa têm muito a ver com a busca pela igualdade, por isso escolhemos reiniciar o evento com ela”.
Vale destacar: os saraus da Escola Affinity Arts contam com o apoio da Comunidade Bahá-í que, em prol da humanidade, vive uma busca constante por paz e unidade, dando importância primordial à educação e ao desenvolvimento das artes.

Fotos e fatos da semana


Fotos da semana, a partir de 23/2

Veja as imagens mais marcantes da semana




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    25/2 - Após a onda de violência que deixou mais de 80 mortos e culminou com a queda do presidente ucraniano, cerca de 100 policiais da tropa de choque pediram perdão de joelhos na cidade de Lviv, no oeste do país, e prometeram que "sempre estarão ao lado do povo ucraniano"

    Manifestações sangrentas.

    Kiev registra dias mais sangrentos durante onda de manifestações





      Violência recrudesce em Kiev (© Yevgeny Maloletka/Corbis)
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      Yevgeny Maloletka/CorbisMOSTRAR MINIATURAS
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      A Ucrânia viveu sua semana mais sangrenta desde a queda da União Soviética com uma guerra entre polícia e manifestantes contra a aproximação do país com a Rússia.
      Na foto, a polícia se protege atrás de escudos

      sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

      Projetos vão dividir as atenções sobre a regulamentação das manifestações


      Hoje, o governo federal deve apresentar proposta para criminalizar vândalos

      Publicação: 21/02/2014 07:18 Atualização: 21/02/2014 07:31

      Termina hoje o prazo estabelecido pelo próprio governo para enviar ao Congresso Nacional uma proposta de regulamentação de manifestações. Até o fechamento desta edição, no entanto, o texto elaborado pelo Ministério da Justiça (MJ) nem sequer havia chegado à Casa Civil. Enquanto isso, parlamentares se articulam para encampar projetos próprios e não caminhar a reboque do Poder Executivo. Depois de o Senado iniciar o debate a partir de propostas da tipificação do terrorismo — bastante criticada por ser vaga e prever penas muito duras —, ontem foi a vez de a Câmara dos Deputados definir a sua resposta aos manifestantes violentos. A ideia dos deputados é impor regras para a organização de protestos e o uso de máscaras, além de aumentar a pena para os crimes de dano ao patrimônio público ou privado, prática comum entre os black blocs.

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      Embora o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tenha anunciado o desejo de que a proposta do governo tramite em regime de urgência, a pasta ainda debate ajustes finais com secretários estaduais de Segurança Pública. O protocolo de ação unificada das polícias militares, outra medida cuja formulação foi anunciada ainda no ano passado, também passou por diversas revisões. A última se deu após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão. As orientações para os policiais lidarem com a imprensa durante protestos serão agora ampliadas para um capítulo inteiro do manual.

      Substitutivo

      O texto da Câmara é o resultado da análise de 10 projetos de lei protocolados, entre agosto de 2013 e a semana passada, e englobados em um único texto pelo deputado federal Efraim Filho (DEM-PB). Embora ainda não tenha sido apresentado oficialmente, o substitutivo global pode ter a tramitação em regime de urgência votada pelas lideranças já na próxima terça-feira. “O substitutivo tem a virtude de ser mais moderado e sensato do que o projeto que está sob análise do Senado. Não estamos criminalizando as manifestações — não há a ideia de se assemelharem à prática terrorista — nem exacerbamos as penas”, explica o deputado.

      Ano de eleição -e a Acesso Brasília vai acompanhar de perto.

           Vamos iniciar com Biografias  dos atuais Deputados Distritais.
      Vamos que vamos! O Acesso Brasília, está ouvindo as opiniões dos cidadãos.