terça-feira, 5 de novembro de 2013

Moradores do Lago Norte e Varjão discutem a Lei de Uso e Ocupação do Solo


Em sequência ao cronograma de debates sobre o projeto de lei complementar que define regras urbanísticas para o DF, os moradores das regiões vão poder apresentar sugestões e apresentar problemas das regiões

Diane Lourenço - Correioweb
Publicação: 05/11/2013 07:59 Atualização: 04/11/2013 17:25

Varjão é a 18ª Região Administrativa do DF, fica próxima ao Setor de Mansões do Lago Norte e vai debater os problemas da região em audiência da Luos  (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Varjão é a 18ª Região Administrativa do DF, fica próxima ao Setor de Mansões do Lago Norte e vai debater os problemas da região em audiência da Luos
Acontece nesta terça-feira (5/11), a partir das 19h, mais uma audiência pública que vai debater os temas relevantes de cada região para inclusão na Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal (Luos). Dessa vez, as discussões envolvem os moradores do Lago Norte e do Varjão, no auditório da Administração Regional do Lago. 

O projeto de lei complementar (PLC nº 79/2013) que trata sobre a Luos foi elaborado pelo governo, que assegura ser um instrumento legal para a regular o tipo de utilização possível para os lotes urbanos. A lei prevê também a modernização e simplificação de uma série de normas vigentes, com o objetivo de criar uma legislação única que regule o uso e a ocupação do solo na cidade.

A nova lei vai determinar o uso e a ocupação da área tombada de Brasília, bem como regras para das 27 regiões administrativas do DF. “Com a aplicação da Luos, é possível fixar a área total e a altura máxima que uma edificação pode ter em função do tamanho do lote e do tipo de uso, o que assegura uma localização adequada para as diferentes finalidades e atividades nas áreas urbanas do DF”, explica o governo do DF em nota. 

A previsão é de que a proposta, de autoria do Executivo, seja apreciada pelo plenário da Câmara Legislativa até o final deste ano. Ao todo, 17 audiências públicas locais vão debater a Luos. Já debateram o PLC os moradores do Lago Sul, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Brazlândia, São Sebastião, Jardim Botânico, Taguatinga, Vicente Pires, Paranoá e Itapoá.

PPCUB

Outras três audiências vão debater o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). Na quarta-feira (6/11), será a vez de toda a sociedade civil organizada, órgãos do governo e a população, debater o PLC nº 78/2013 que trata do tema. Os debates acontece no auditório da Câmara Legislativa, a partir das 19h. 

Tanto o PPCUB (PLC nº 78/2013), quanto a Luos (PLC nº 79/2013), tratam sobre a ocupação da área tombada de Brasília, bem como regras para as regiões do DF. A criação de uma legislação específica que verse sobre a preservação e valorização dos espaços da cidade é uma das recomendações da Unesco para que Brasília continue na lista de patrimônio cultural da humanidade. No dia 7 de dezembro, Brasília comemora o aniversário dos 26 anos do tombamento da cidade como Patrimônio Cultural da Humanidade. A expectativa do governo é que a lei seja votada pelos deputados ainda este ano, antes da data simbólica.

Varjão

A Vila Varjão surgiu com a vinda de famílias agricultoras na década de 60 e fica próxima ao Setor de Mansões do Lago Norte. A região chegou a pertencer à Fazenda Brejo ou Torto, em Planaltina. A terra era do governo do DF e administrada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), mas apenas em 1991, foi assinado o Decreto nº 13.132, estabelecendo a fixação da população no local e determinando a elaboração de um projeto urbanístico para sua implantação definitiva. Com isso a criou-se a 18ª das 30 Regiões Administrativas do Distrito Federal. 

Seis anos depois, com o objetivo de regularizar a situação fundiária de toda a área e em atendimento às exigências ambientais, o governo encomendou um novo projeto urbanístico e um Relatório de Impacto de Vizinhança – RIVI. Nesse projeto, ressaltava-se a necessidade de adensamento da Vila, com propostas de implantação de quadras e incorporação de mais glebas a serem parceladas. 

Confira o cronograma de debates com a sociedade:

Audiências para debater a Luos (PLC nº 79/2013)

• 5/11 (terça-feira), às 19h, no auditório da Administração Regional do Lago Norte (região: Lago Norte e Varjão) 
• 7/11 (quinta-feira), às 19h, no auditório da CLDF (regiões: SIA e SCIA)
• 9/11 (sábado), às 10h, na Administração Regional de Samambaia
• 12/11 (terça-feira), às 19h, na Vila Olímpica de Sobradinho (regiões: Sobradinho, Sobradinho II e Fercal)
• 14/11 (quinta-feira), às 19h, no auditório da Administração Regional de Águas Claras 
• 19/11 (terça-feira), às 19h, no auditório da Administração Regional do Gama (regiões: Gama e Santa Maria)
• 21/11 (quinta-feira), às 19h, no Ginásio de Esportes do Núcleo Bandeirante (regiões: Park Way e Núcleo Bandeirante)
• 23/11 (sábado), às 10h, no auditório da Administração Regional do Guará
• 26/11 (terça-feira), às 19h, no auditório da Administração Regional de Planaltina (regiões: Planaltina e Arapoanga)
• 28 de novembro (quinta-feira), às 19h, no auditório da Administração Regional de Ceilândia

Audiências para debater o PPCUB (PLC nº 78/2013)
• 6/11 (quarta-feira), às 19h, no auditório da Câmara Legislativa 
• 14/11 (quinta-feira), às 19h, no auditório da Câmara Legislativa
• 18/11 (segunda-feira), às 10h, no auditório da Câmara Legislativa

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Caetano Veloso critica Roberto Carlos e cria conflito sobre biografias


Em sua coluna no jornal O Globo, o cantor alfinetou o Rei, que tomou a frente nas movimentações do grupo. Roberto Carlos só apareceu agora, quando da mudança de tom"

Publicação: 04/11/2013 06:05 Atualização:

 (Monique Renne/CB/D.A Press  e Zuleika de Souza/CB/D.A Press)


Divergências internas do Procure Saber, um grupo informal de grandes estrelas da música brasileira, enfraqueceram o discurso contrário à publicação de biografias no Brasil sem restrições. Ao longo das últimas quatro semanas, eles vinham defendendo a manutenção do Código Civil tal como é hoje, que dá aos biografados o poder de censurar as obras. O posicionamento enfático — que rendeu o estigma de censores a ícones da luta contra a ditadura, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque — deu lugar a um tom mais moderado nas duas últimas semanas, com a divulgação de um vídeo capitaneado por Roberto Carlos. Na gravação, o Rei, Erasmo Carlos e Gil pediram desculpas por não terem sido claros nas primeiras declarações, disseram-se a favor de biografias não autorizadas, mas mantiveram a opinião de haver limites.

Uma semana se passou sem que qualquer integrante do Procure Saber explicasse por que os outros participantes da associação não participaram do vídeo. O silêncio mantido pelos artistas, que alimentou as especulações em torno de um possível racha, foi rompido por Caetano Veloso. Em sua coluna no jornal O Globo, o cantor alfinetou o Rei, que tomou a frente nas movimentações do grupo. “Roberto Carlos só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei”, disse. Caetano desautorizou ainda o advogado que vem falando pelo Procure Saber, ao destacar que ele é defensor apenas de Roberto Carlos. O cantor também criticou a contratação de um administrador de crises que teria aconselhado a associação a se desfazer, bem como a interpretação de que o grupo tenha mudado de posição, ao declarar a “inutilidade do novo discurso moderado”.

Para quem vem acompanhando o debate de perto, caso do biógrafo de Roberto Carlos, Paulo Cesar de Araújo, as últimas declarações de Caetano demonstram conflitos internos. “Eles estão batendo cabeça, tentando usar uma argumentação que não se justifica. Disseram que são contra a censura, que concordam com a publicação de biografias não autorizadas, mas com ajustes, com ressalvas. Sempre tem um porém. E também não dizem exatamente quais são esses ajustes”, critica Araújo, autor de Roberto Carlos em detalhes, censurado desde 2007. A defesa de Roberto Carlos confirmou que não trabalha para o Procure Saber, mas que, convidada pelo cantor, participou de uma reunião do grupo, em que Caetano estava presente. No encontro, teria sido acertado um novo rumo de atuação, com a anuência de todos. 

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sábado, 2 de novembro de 2013

Diversão -Célia Porto presta homenagem a Ciro Monteiro em show no sábado


Entre as canções Falsa baiana, Bonde de São Januário, O escurinho e Se acaso você chegasse

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Irlam Rocha LimaPublicação:02-10-2013
Célia Rabelo presta tributo a Ciro Monteiro, que completa 100 anos em 2013 (Arquivo Pessoal/Reprodução)
Célia Rabelo presta tributo a Ciro Monteiro, que completa 100 anos em 2013
Ciro Monteiro, um dos mais importantes intérpretes da história do samba, tinha como admirador ninguém menos que Vinicius de Moraes. O poetinha recebeu inúmeras homenagens na passagem do centenário, mas a celebração dos 100 anos do cantor carioca foi deixada de lado. Felizmente, ele ganha justo tributo em Brasília, no show Se acaso você chegasse, que Célia Rabelo faz neste sábado (2/11), às 21h, no Espaço Cultural do Choro.

Ao resgatar a contribuição de Ciro para a MPB, Célia será acompanhada pela banda formada por Augusto Contreiras (violão sete cordas), Nelsinho Serra (cavaquinho), Tonho (pandeiro), Augusto (percussão), Rogério Córdova (surdo) e Westonny Rodrigues (trompete). Resta saber quem vai batucar a caixa de fósforo, “instrumento” característico do homenageado, quando a cantora soltar a voz em Falsa baiana,Bonde de São JanuárioO escurinho e, claro, Se acaso você chegasse.

Se acaso você chegasse

Show de Célia Rabelo, neste sábado (2/11), às 21h, no Clube do Choro (SDC, Bl. G, Eixo Monumental; 3224-0599). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia para estudantes). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Após a cassação de Raad, Benedito Domingos será a bola da vez.

Distritais só aguardam a publicação do acórdão com a condenação do colega do PP, na próxima segunda-feira, para retomar o processo por quebra de decoro parlamentar contra ele

Publicação: 01/11/2013 06:02 Atualização: 01/11/2013 08:42

Raad Massouh (D) foi cassado por 18 votos, e o processo contra Benedito (E) está parado na Câmara desde 2011 (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Raad Massouh (D) foi cassado por 18 votos, e o processo contra Benedito (E) está parado na Câmara desde 2011

A cassação de Raad Massouh (PPL) ainda não foi nem sequer publicada no Diário da Câmara Legislativa, mas a Casa já se prepara para julgar mais um parlamentar. O acórdão da condenação de Benedito Domingos (PP) deve ser divulgado pelo Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) na próxima segunda-feira, e a disposição dos distritais é retomar o processo contra o parlamentar imediatamente.
Cassado na última quarta-feira por 18 dos 24 deputados, Raad não apareceu na Câmara ontem. O clima é de apreensão entre os funcionários de seu gabinete. O ex-distrital foi alvo de um processo de quebra de decoro depois de ter sido acusado de desviar parte dos recursos de uma emenda destinada a shows na área rural de Sobradinho, em 2010.

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O Ministério Público do DF apresentou denúncia contra Raad, mas o caso ainda está na Justiça. Como ele perdeu o foro especial, não será mais julgado pelo Conselho Especial do TJDFT, formado por 17 desembargadores. Um juiz criminal decidirá se acata a acusação do MP. Já Benedito sofreu uma condenação em segunda instância no último dia 15 e, para os distritais, isso se caracteriza como quebra de decoro.

O presidente da Câmara, Wasny de Roure (PT), diz que, com a publicação do acórdão judicial, o processo contra Benedito segue seu trâmite (confira Para saber mais). “A Mesa Diretora não precisa nem sequer se reunir ou opinar novamente. A matéria segue para a Corregedoria assim que o acórdão for publicado”, explica Wasny. Hoje à tarde, o presidente vai protocolar no Supremo Tribunal Federal um recurso contra entendimento do Tribunal de Justiça do DF, que determinou a votação secreta em processos de cassação. “Mesmo com a expectativa de que o Congresso Nacional decida em breve sobre o tema, queremos demonstrar o interesse do Poder Legislativo local em defender o voto aberto”, ressalta. 

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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Raad entra para a história como o terceiro parlamentar cassado pela Câmara

Receio da opinião pública e fatores políticos levaram deputados a romperem acordos que garantiam a absolvição do distrital

Publicação: 31/10/2013 06:03 Atualização: 30/10/2013 23:10

Confiante durante a sessão, Raad Massouh se manteve em plenário até pouco antes do resultado. Foi o único a não se manifestar nas urnas (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Confiante durante a sessão, Raad Massouh se manteve em plenário até pouco antes do resultado. Foi o único a não se manifestar nas urnas

O deputado Raad Massouh (PPL) entrou ontem para a história da Câmara Legislativa como o terceiro parlamentar cassado pela Casa — os outros dois são Carlos Xavier e Eurides Brito. Por 18 votos favoráveis à perda de mandato, três contrários e duas abstenções, os distritais consideraram Raad culpado das acusações de desvio de emenda. Mas, nos bastidores, as suspeitas apuradas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do DF não foram decisivas para a degola. Interesses políticos e eleitorais e denúncias de extorsão durante o trâmite do processo, além da antipatia de alguns deputados por Raad, pesaram no resultado.

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O placar surpreendeu a maioria dos distritais, já que o próprio parlamentar do PPL estava confiante de que escaparia e levou até sua claque para as galerias do plenário. O consenso é de que houve traição. A votação secreta que cassou Raad foi tumultuada por acusações, troca de farpas e muita tensão. A sessão começou pouco depois das 16h, com a presença de todos os 24 distritais. O relator do processo na Comissão de Ética, deputado Joe Valle (PDT), resumiu o relatório em que pediu a cassação. “A medida a ser aplicada é a mais severa. As provas caracterizam quebra de decoro”, disse.

Acompanhado da mulher, Ádila Stemler, e do presidente regional do PPL, Marco Antônio Campanella, Raad dispensou os advogados e falou durante quase 20 minutos na tribuna. Argumentou que nunca foi condenado pela Justiça e garantiu que tem a consciência tranquila. Segundo investigações do MP e da Polícia Civil, ele teria se apropriado de parte de uma emenda de R$ 100 mil, destinada à realização de um evento rural em Sobradinho em 2010. “Eu não iria fazer maracutaia por causa de R$ 47 mil. Se fosse assim, iria fazer por algo que me desse mais vantagem”, argumentou Raad. E continuou: “A Polícia Federal tem laudo que diz não haver nenhum indício de que eu tenha me apropriado de recursos da emenda. Não cometi nenhum delito, estar aqui hoje por conta de uma coisa tão pequena, sem nenhum crime comprovado, é ridículo”, acrescentou o distrital. “Sou um homem de respeito, trabalho desde os 14 anos, nunca precisei roubar. Tudo o que tenho conquistei com suor e trabalho”, emendou.

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

BMW diz que irá recorrer da condenação pela morte do cantor João Paulo.

Montadora foi condenada a pagar indenização que passa dos R$ 400 milhões pela morte do sertanejo, causada por um acidente em um modelo 328i em 1997


Emerson Campos - Portal Uai
Publicação: 30/10/2013 08:28 Atualização: 30/10/2013 10:24

 (Divulgação)
A BMW informou que irá recorrer da sentença do juiz Rodrigo Cesar Fernandes Marinho, da 4ª Vara Cível de São Paulo, que condenou, nesta terça-feira (29), a BMW do Brasil e a matriz alemã a pagarem R$ 300 mil de indenização para Roseni Barbosa dos Santos Reis e Jéssica Renata dos Reis, respectivamente mulher e filha do cantor João Paulo (parceiro do Daniel), morto em acidente de carro em 12 de setembro de 1997, na rodovia dos Bandeirantes.

De acordo com a decisão, baseada em um laudo pericial, o acidente que matou João Paulo foi provocado por um problema no pneu do BMW 328i, que capotou, atravessou o canteiro central e pegou fogo. Na época, o assunto foi muito discutido, mas um primeiro julgamento, ainda em 2003, acabou livrando a montadora da culpa.

Apesar da indenização inicial ser estipulada em R$ 300 mil, a montadora foi condenada a pagar valores equivalentes a 2/3 dos rendimentos do sertanejo referentes ao período compreendido entre a data da morte e o aniversário de 25 anos da filha. Segundo o advogado da família, Edilberto Acácio, o total deve girar em torno de R$ 400 milhões. 

Em nota, a BMW informou que vai recorrer. Confira a íntegra: 

"Sobre a sentença disponibilizada pela 4ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo na data de hoje (29.10), referente ao caso envolvendo o cantor brasileiro José Henrique dos Reis (João Paulo – nome artístico), falecido em acidente de automóvel em setembro de 1997 em um veículo da marca BMW, a BMW do Brasil informa que não concorda com a decisão. A empresa esclarece que essa é uma decisão de primeira instância e que apresentará recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, quando o caso será novamente julgado por um órgão colegiado formado por desembargadores. Como de costume, a BMW do Brasil compromete-se a tratar do assunto com transparência." 


Carreira
Natural de Brotas (SP), João Paulo teve uma infância humilde. Em 1980, após cantar alguns anos com o irmão (Francisco), começou a parceria com Daniel na cidade natal. O primeiro disco, "Amor Sempre Amor", saiu em 1985 pela gravadora Continental Chanceler.

O auge da carreira chegou em 1996, com o lançamento de "João Paulo e Daniel Vol. 7", que trouxe a canção romântica "Estou Apaixonado" e vendeu mais de um milhão de cópias. Vítima do preconceito com duplas sertanejas e, inclusive, do preconceito racial, João Paulo formou com Daniel uma das duplas sertanejas com a melhor afinação entre primeira e segunda voz no país.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Chef de casa latino-americana comemora sucesso da gastronomia

  

Sob os cuidados de David Lechtig, a receita andina de ceviche é servida com 12 opções fixas da iguaria.

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Mariana Vieira - Especial para o CorreioRebeca OliveiraVinicius Nader
David Lechtig apresenta o mole poblano, um prato mexicano (Viola Júnior/Esp. CB/D.A Press)
David Lechtig apresenta o mole poblano, um prato mexicano
Nascido no peru, criado na Guatemala e morador de Brasília, onde comanda a rede de restaurantes El Paso, o chef e empresário David Lechtig carrega vários traços da multifacetada cultura latino-americana e comemora o momento que atravessa atualmente a gastronomia da região. “Esse crescimento da nossa cozinha demorou para acontecer e, há uns três anos, veio como uma resposta, uma contraposição à cozinha molecular, que era complexa demais. A nossa gastronomia chama a atenção pela simplicidade e pelo valor histórico, milenar que ela carrega”, afirma David.

O chef ressalta que o Brasil demorou a se atentar para a cozinha dos vizinhos, o que, segundo ele, só ocorreu há cerca de 20 anos. Um ícone da simplicidade citada por David é a célebre receita andina de ceviche. O item faz sucesso nos restaurantes do chef. São 12 opções fixas da iguaria, além de receitas que aparecem esporadicamente ou de festivais, como o que está sendo realizado até domingo na casa da 404 Sul.

Receitas clássicas
Ceviche amazônico do El Paso mistura os sabores peruano e brasileiro (Telmo Ximenes/Divulgação)
Ceviche amazônico do El Paso mistura os sabores peruano e brasileiro

No menu do El Paso, a iguaria pode ser degustada em receitas como a la passion (R$ 32), preparada com robalo, cebola roxa e pimenta ali rojo marinados no limão com salsa e maracujá. Até domingo, David oferece ceviches com sabores como o amazônico, que combina pirarucu com flores de jambu e azeite de sementes da Amazônia peruana que custa R$ 44.
O mole poblano (R$ 41), frango ao molho de chocolate também é uma das atrações da casa.É um clássico em dias de festa no México.

Sabores calientes

Alguns temperos estão intimamente ligados à gastronomia da América Latina. E a pimenta figura como um dos que melhor representam a culinária da região. Estudiosos apontam que ela tenha surgido na Colômbia, há 6.000 anos, antes de ser cultivada no restante do mundo. David Lechtig ressalta que daqui é que ela foi para outros continentes, como África, Ásia e Europa.

No restaurante El Paso, a pimenta jalapeño — conhecida por sua potência — é apresentada em seu formato original. E mais: leva recheio de cream cheese e é empanada em panko (uma farinha japonesa). O item faz parte do bufê de petiscos que a casa oferece às quartas e às quintas, a R$ 37,90 por pessoa.