terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Defesa quer que black block cumpra pena em prisão psiquiátrica.


Fábio Raposo, coautor do crime, alega ter encontrado o artefato no chão e entregado a outro homem



A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou o homem que acendeu o rojão que atingiu Santiago Andrade, durante um protesto no Rio de Janeiro, na última quinta-feira. O cinegrafista da emissora Bandeirantes teve a morte cerebral confirmada ontem. “Temos convicção de quem foi a pessoa que acendeu o artefato. O próximo passo é pedir a prisão desse elemento, que já foi reconhecido”, garantiu o delegado Maurício Luciano, responsável pelo caso. Um mandado de prisão foi solicitado ao poder Judiciário, mas o nome do homem, que pode ser preso ainda hoje, não foi divulgado. Para identificá-lo, a polícia teve a ajuda de Fábio Raposo, coautor do crime, que alega ter encontrado o artefato no chão e entregado ao outro homem. A dupla será indiciada por homicídio qualificado e explosão e poderá pegar mais de 35 anos de prisão, caso condenada.

Apesar de o caso ter causado revolta em entidades jornalísticas, o delegado não vê atentado à liberdade de imprensa (Marcelo Theobald/Agência O Globo)
Apesar de o caso ter causado revolta em entidades jornalísticas, o delegado não vê atentado à liberdade de imprensa


Raposo está preso temporariamente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, e espera obter o benefício da delação premiada por ter colaborado com a investigação policial. “Ele não teve dificuldade em reconhecê-lo”, disse o delegado Maurício Luciano, que salientou, no entanto, que “caberá ao Poder Judiciário decidir se ele colaborou eficazmente para esta investigação”. Jonas Tadeu Nunes, advogado de Raposo, confirma que entregou ontem à polícia civil o nome, a identidade e o CPF do homem que teria lançado o rojão contra Santiago. Segundo Nunes, o cliente e o outro suspeito não eram amigos, mas se conheciam de outras manifestações. “Eles se conhecem pelos codinomes”, explicou. A partir do apelido, Raposo indicou uma terceira pessoa que ajudou a identificar o homem.

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Apesar de ter sido indiciado por homicídio qualificado, a intenção do advogado de Raposo é mudar a qualificação do crime para lesão corporal gravíssima seguida de morte. Com isso, Nunes pretende diminuir a prisão temporária de Raposo e evitar que o ativista cumpra pena em regime fechado. “Vou trabalhar para que, se vier uma condenação, que seja em regime semiaberto. (Raposo) é um menino franzino, que tem problemas psicológicos graves, precisa de remédios. Vamos provar isso na Justiça.” A intenção de Nunes é que o jovem cumpra pena em estabelecimento prisional psiquiátrico. Um pedido de prisão domiciliar também não está descartado.

Embora a tragédia com Santiago Andrade tenha gerado manifestações de repúdio de diversas entidades jornalísticas, para o delegado que investiga o caso, o ataque promovido pelos dois jovens “não foi um atentado à liberdade de imprensa”, uma vez que o alvo era os policiais que acompanhavam a manifestação. Maurício Luciano disse ainda que o episódio deveria incentivar uma revisão da legislação relativa a fogos de artifício no Brasil, uma vez que ficou comprovada a letalidade dos artefatos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Veja também -Brasileira brilha nos jogos de inverno em Sochi na Russia.

JOGOS DE INVERNO

Com Putin na torcida, Rússia ganha o 1º ouro nos Jogos de Inverno de Sochi

O título veio na prova por equipes da patinação artística, com o veterano Yevgeny Plushenko, que somou o quarto pódio, e a jovem sensação Julia Lipnitskaia.

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Na última edição do torneio, em 2010, a Rússia não tinha conseguido o ouro na patinação artística (REUTERS/Lucy Nicholson)
Na última edição do torneio, em 2010, a Rússia não tinha conseguido o ouro na patinação artística

Com a torcida especial do presidente do país, Vladimir Putin, que foi ao ginásio Iceberg Skating Palace neste domingo, a Rússia conquistou a sua primeira medalha de ouro nos Jogos de Inverno de Sochi. O título russo veio na prova por equipes da patinação artística, graças especialmente a Yevgeny Plushenko, um veterano de 31 anos que somou seu quarto pódio olímpico, e a Julia Lipnitskaia, a jovem sensação de apenas 15 anos.

Tradicional força na patinação artística, a Rússia não tinha conseguido um ouro sequer nesta modalidade na última edição dos Jogos de Inverno, há quatro anos, em Vancouver, no Canadá - foi a primeira vez desde a década de 60 que isso aconteceu. Mas a redenção dos patinadores russos veio neste domingo, com o título em casa, para delírio da torcida local, devidamente reforçada pelo presidente Putin no Iceberg Skating Palace.

Além do ouro na patinação artística, a anfitriã Rússia conseguiu mais três pódios no segundo dia de disputa de medalhas em Sochi. Foi prata com Olga Vilukhina, no biatlo, e com Albert Demchenko, no luge. E também ganhou bronze com Olga Graf, na patinação de velocidade. Assim, os russos ocupam o quinto lugar na classificação geral dos Jogos de Inverno.

A liderança no quadro de medalhas ainda é da Noruega, grande potência dos Jogos de Inverno, que soma duas de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Na sequência, aparecem a Holanda (2 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze), Estados Unidos (2 de ouro e 2 de prata), Canadá (1 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze) e a Rússia, com suas quatro medalhas.

Neste domingo, foram distribuídas oito medalhas de ouro em Sochi. Além da vitória russa na patinação artística, os campeões do dia foram o austríaco Matthias Mayer (esqui alpino), a eslovaca Anastasiya Kuzmina (biatlo), o suíço Dario Cologna (cross country), o alemão Felix Loch (luge), o polonês Kamil Stoch (salto com esqui), a norte-americana Jamie Anderson (snowboard) e a holandesa Irene Wust (patinação de velocidade).

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Black block ajudará no retrato falado de suspeito que feriu cinegrafista.


Fábio Raposo, que admitiu ter repassado o rojão, afirma que o suspeito não pertence ao seu círculo de amizade


O tatuador Fábio Raposo concordou em ajudar a policia a identificar a pessoa que acendeu o artefato que feriu o cinegrafista da Rede Bandeirantes de Televisão Santiago Andrade, embora assegure que o suspeito não pertence ao seu círculo de amizade. A informação foi dada pelo delegado titular da 17ª Delegacia Policial (DP) de São Cristóvão, Maurício Luciano. “Ele disse que conhece de vista, de outras manifestações, o outro envolvido. Ele ajudará na confecção do retrato falado “, acrescentou o delegado.

Segundos antes de o estudante universitário Fábio Raposo, de 22 anos, ser encaminhado à Casa de Custódia Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, um grupo de manifestantes agrediu a imprensa diante da 17ª DP.

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Fábio foi preso hoje (9) de manhã na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da cidade, depois de ser indiciado como coautor do atentado a bomba que atingiu com gravidade o cinegrafista, quando ele cobria uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus na Central do Brasil, no último dia 6.

Ao serem filmados pela imprensa, os manifestantes iniciaram um bate-boca com os cinegrafistas de vários veículos que faziam a cobertura. Houve ofensas de ambos os lados. Um dos manifestantes, Alexis, de 19 anos, teria gritado “tomara que vocês sejam os próximos”, numa alusão ao cinegrafista Santiago. Outro cinegrafista, Leandro Luna, da mesma emissora, disse então ter perdido o controle e agredido o rapaz com a câmera. Ambos prestaram depoimento na delegacia. Alexis vai responder por ameaça, e Luna por agressão. O Departamento Jurídico da Band foi acionado para defender o profissional.

        A manifestante Elisa Sininho disse que o grupo foi até a delegacia prestar solidariedade a Fábio Raposo, que os ativistas conhecem de outras manifestações, entre as quais os movimentos Ocupa Câmara e Ocupa Cabral. Elisa informou que foi oferecer ajuda a Fábio se ele precisasse recorrer aos advogados da Ordem dos Advogados do Brasil - seção Rio de Janeiro (OAB-RJ), que atendem gratuitamente aos participantes de movimentos populares, ou à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Ela confirmou ser uma militante, mas assegurou que não pertence a nenhum organização específica.

       Outra manifestante, Nina Barrios, de 19 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio, explicou que foi ao local com outros ativistas, para “tentar entender o que estava ocorrendo”. Disse conhecer Fábio Raposo de outros movimentos populares e o definiu como uma pessoa muito tranquila. “Fiquei chocada com o que aconteceu. Não faz sentido”, comentou a jovem, que negou também pertencer ao grupo conhecido como black bloc.

       Sobre o tumulto envolvendo manifestantes e a imprensa em frente à 17ª DP, Nina disse que estavam fugindo das câmeras, foram perseguidos pelos cinegrafistas ao atravessar a rua e reagiram quando foram chamados de assassinos e vândalos. Ela chegou a ser detida em uma das manifestações da qual participou, mas não foi indiciada, esclareceu.

Na avaliação do cinegrafista Leandro Luna, ele apenas reagiu às provocações dos manifestantes.

        De acordo com informação da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, Santiago Andrade permanece em coma induzido no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Souza Aguiar e seu quadro continua bastante grave.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Diversão - Bloco Fica Comigo volta para uma prévia do carnaval brasiliense neste sábado.

 


Os cariocas são conhecidos por tomar as ruas em uma espécie de manifesto de amor e de resgate da música brasileira

Adriana Izel
 ( Raul Aragão/Divulgação)

      Depois de uma apresentação que fez bastante sucesso em 2013, o bloco Fica Comigo volta para uma prévia do carnaval brasiliense. O grupo se apresenta sábado (8/2), a partir das 16h, no Projeto Orla (SHTN, Tc. 1). Os cariocas são conhecidos por tomar as ruas em uma espécie de manifesto de amor e de resgate da música brasileira. Na Cidade Maravilhosa, eles dão a largada da folia em 28 de fevereiro com show no Morro da Urca.

     No repertório da apresentação na capital, a banda apostará em versões carnavalescas de clássicos dos anos 1990, principalmente, do pagode. Sucessos de grupos como Exaltasamba, Katinguelê, Só Pra Contrariar e Os Morenos estarão entre as canções. Criado por André Barros e Antônio Carlos, o nome do bloco foi inspirado na letra da música Marrom bombom (Os Morenos): “a gente tem tudo para dar certo/Fica comigo”.

    O DJ Gigga Watts, conhecido na cena do Rio, tocará uma mistura de hip-hop, pop, rock e indie rock. A dupla Cix & Yasmin apresentará um mix de hits dos anos 1980 e 1990 com músicas do indie rock e do rock clássico.

   Os ingressos custam R$ 70 (homens) e R$ 60 (mulheres). Pontos de venda: Koni Store (209 Sul, 201 Norte, 109 Norte, Lago Sul, Sudoeste e Águas Claras). Valores de 1º lote e sujeitos a alteração.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Acesso ao Direito à justiça - informações do mundo jurídico-




Menoridade pode ser avaliada em apelação contra decisão do júri




            A decisão que impõe a realização de novo júri apenas para avaliar a incidência da atenuante objetiva da menoridade de condenado por homicídio é inútil. Para a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o julgamento pode ser aproveitado, devendo o tribunal ajustar a pena.

        Pelo Código Penal, os menores de 21 anos têm a pena atenuada. Até 2008, competia ao júri reconhecer ou não a incidência dessa circunstância no cálculo da pena. No caso analisado, o julgamento ocorreu em 2006, mas esse ponto não foi tratado nos quesitos submetidos aos jurados.

        Em apelação, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) concluiu que alterar o entendimento do júri violaria a soberania de seu veredito. Porém, como o condenado efetivamente era menor de 21 anos, haveria nulidade na sentença e necessidade de realização de novo julgamento.

Soberania e utilidade

       Para o ministro Marco Aurélio Bellizze, a decisão do TJRS não tem utilidade. Isso porque, como o julgamento é regido pela lei vigente no momento de sua realização, e desde 2008 as agravantes e atenuantes não são submetidas à deliberação do júri, caberia ao próprio magistrado aplicar a atenuante.

“Seria mais consentâneo com o princípio do aproveitamento dos atos processuais apenas o redimensionamento da pena para incidir a atenuante”, afirmou o relator.

       Além disso, sendo incontroversa a idade do condenado, caso os jurados rejeitassem a incidência da atenuante, o júri teria de ser novamente anulado, por contrariedade manifesta à prova dos autos.

“Só seria indispensável o debate quando o reconhecimento da circunstância dependesse do subjetivismo do julgador”, avaliou o ministro.

       O TJRS deverá analisar os demais pontos do recurso da defesa e redimensionar a pena pelo reconhecimento da atenuante de menoridade. 

Fonte: STJ

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Direito à informação - STJ


Juízas francesas visitam STJ para estreitar cooperação internacional
          O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu nesta quinta-feira (6) a visita de três magistradas francesas. Carla Deveille Fontinha, juíza de ligação da Embaixada da França, Zoe Chaumont e Aurore Bouguerra, juízas auditoras da Justiça da Escola Nacional de Magistratura da França, conheceram a sede do Tribunal, onde foram recebidas pelo ministro Sidnei Beneti.

         O ministro Beneti comemorou a visita das magistradas. “Os juízes são um tipo de profissional diferenciado dos demais profissionais de função pública ou particular, porque são profissionais imbuídos exclusivamente de um sentimento de justiça”, declarou. “Eles têm por objetivo, em sua função jurisdicional, realizar a justiça”, resumiu.

       Juíza de ligação há três anos no Brasil, atuando junto à Embaixada da França, Carla Deveille Fontinha contou que seu trabalho é facilitar a cooperação judicial entre as autoridades judiciais francesas e brasileiras. Conforme descreveu, a finalidade é agilizar a execução dos pedidos de cooperação, as cartas rogatórias, os pedidos de auxílio mútuo, os pedidos de oitiva e de obtenção de prova em matéria penal, e também facilitar os contatos entre as autoridades judiciais francesas e brasileiras na área da cooperação jurídica.

Formação

     A juíza Zoe Chaumont ressaltou as diferenças entre a formação de magistrados na França e no Brasil. “A formação dos magistrados na França dura 31 meses. Trata-se de uma carreira onde se entra por concurso e durante a formação há uma alternância entre estágios em tribunais e escola”, disse.

    O ministro Beneti destacou um ponto em que os sistemas dos dois países se diferenciam: “As sessões de julgamento são públicas no Brasil, mas no sistema judiciário francês isso não ocorre.” Por outro lado, lembrou que na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo (Enfam), responsável pela capacitação dos juízes no Brasil, um dos modelos seguidos é o da Escola Nacional de Magistratura da França, a que pertencem as três juízas visitantes.

Ligações 
     A juíza Aurore Bouguerra contou que o objetivo da visita ao Brasil é ampliar a cooperação internacional e as relações entre o juiz de ligação no Brasil e as autoridades judiciais brasileiras. Para a juíza Zoe Chaumont, a importância da visita é conhecer o funcionamento do Judiciário brasileiro e a colaboração entre a França e o Brasil, por intermédio dos magistrados de ligação que trabalham em Brasília.

    O ministro Beneti acredita que, pelo trabalho da ligação entre os juízes, cada vez mais os magistrados se aproximam para formar realmente uma comunidade internacional de juízes.

“A cooperação internacional é importante para que as questões judiciais corram em harmonia interna. Havendo cooperação, a ligação entre os sistemas judiciários se dá com muito mais facilidade entre os juízes”, afirmou.

Foto

O ministro Sidnei Beneti mostra a sala do Pleno do STJ às juízas francesas Aurore Bouguerra, Zoe Chaumont e Carla Deveille Fontinha.
fonte - STJ

Acesso ao Direito à informação

SÚMULAS DO STJ

por: Ana Paula de Castro Neves
SÚMULAS STJ- 500, 501 e 502
SÚMULAS STJ- 500, 501 e 502
                     O STJ publicou em (28.10) três novas súmulas: 500, 501 e 502. Você que estuda para concurso ou Exame de Ordem não pode deixar de conhecer o teor das súmulas, afinal elas costumam ser cobradas frequentemente em provas e concursos. Conheça abaixo:

                     Súmula 500: A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal. Súmula 500: o crime de corrupção de menores previsto no ECA é formal, ou seja, não se exige o resultado material para sua consumação.


                     Súmula 501: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. Súmula 501: as leis antidrogas 11.343/06 e 6.368/76 não podem ser combinadas para beneficiar a situação do réu.


                     Súmula 502: Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas. Súmula 502: expor à venda CDs e DVDs piratas se enquadra na figura típica do delito de violação de direito autoral (art. 184, § 2º, CP).

Fonte: STJ


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO -



Casal diagnosticado com câncer na mesma época contou com família e fé para superar a doença.


Lilian e Teruo Yatabe enfrentaram juntos os cânceres de intestino e próstata em maio de 2005 e foram operados de seus tumores na mesma semana

POR NATHALIE AYRES - PUBLICADO EM 04/02/2014

Lilian e Teruo Yatabe enfrentaram tumores cancerígenos em maio de 2005 e contam como superaram as doenças
Enfrentar um câncer não é fácil, muitas vezes a sensação ao receber esse tipo de diagnóstico é de que foi dada uma sentença letal. Imagine então, se essa notícia atingir dois membros da mesma família na mesma época? Mais especificamente, marido e mulher? Foi o que aconteceu com o casal paulistano Lilian e Teruo Yatabe, hoje com 51 e 73 anos, respectivamente. O advogado e a arquiteta tiveram o diagnóstico de um câncer na mesma época, em maio de 2005: ela foi diagnosticada com um tumor já desenvolvido no intestino, enquanto ele teve um diagnóstico inicial de câncer de próstata. O casal chegou a passar por intervenções cirúrgicas na mesma semana. 
O Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro) é sempre um momento para se refletir sobre a doença, que está se tornando cada vez mais comum. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) em parceira com o Ministério da Saúde estimam que em 2014 haja 576 mil casos novos de câncer no Brasil. E os tipos de câncer de Teruo e Lilian são comuns. Hoje, o câncer de próstata está em segundo lugar em incidência no país (68,8 mil casos), seguido apenas pelo câncer de pele não-melanoma(182 mil casos). Já o câncer de intestino vem em 4º lugar (33 mil casos), atrás do câncer de mama (57,1 mil). No entanto, a estimativa do Inca pela primeira vez aponta que, entre as mulheres, o câncer enfrentado por Lilian será mais frequente do que o câncer de colo de útero neste ano. Mas mais do que números, esses dados representam pessoas que sentem medo e insegurança ao receber ao diagnóstico. "É muito difícil uma pessoa estar preparada para enfrentar o câncer, a doença vem como um furacão, abalando as estruturas de uma vida, sem mandar sinais de alerta", expõe a psico-oncologista Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. Por sorte, histórias de superação da doença, como a do casal Yatabe, ajudam a dar força e motivação a quem acaba de receber esse diagnóstico.

Como tudo começou

Lilian foi diagnosticada com um câncer no intestino, depois de marcada a cirurgia para o câncer na próstata de Teruo
O primeiro a ser diagnosticado foi Teruo com um câncer inicial na próstata. A suspeita começou durante os exames de rotina, quando perceberam que o nível da proteína PSA estava alterado. O urologista decidiu investigar e foi localizado um pequeno tumor, em estágio bem inicial. O médico deu a opção de retirarem apenas o tumor ou a próstata toda, e o advogado escolheu a segunda opção. A cirurgia deprostectomia decorreu com tranquilidade, ele inclusive a adiou, para que não fosse próxima ao seu aniversário, no começo do mês de maio. "Eu retirei a próstata e tudo se resolveu, não tive que fazer quimioterapia nem nada, apenas os exames de acompanhamento periódicos", nos conta Teruo.
Mas, no meio tempo entre o diagnóstico e a operação, Lilian começou a encontrar sinais de alerta: sangue em suas fezes. Depois de fazer uma colonoscopia, ela levou o resultado a um médico, que identificou o tumor na imagem, mas disse a ela que poderia ser benigno. "Ele já sabia pelo aspecto que era um câncer, mas não quis me assustar. Quis esperar a cirurgia do meu marido acontecer e voltar depois, e ele me avisou que eu precisava ser operada o mais rápido possível", relembra Lilian. Foi assim que ela percebeu a gravidade da situação. Logo fez todos os exames pré-operatórios e a cirurgia acabou sendo marcada para dois dias depois do marido.
O estado do tumor fez com que a situação fosse um pouco mais complicada, mesmo depois da cirurgia. "Fiz quimioterapia por seis meses, de junho a dezembro de 2005. Eu fazia o tratamento uma semana sim e outra não e precisava ficar três dias internada no hospital a cada vez". 

O pilar da família

O casal sentiu que teria de ser mais forte ainda pelos dois filhos, Vivian e Vinícius
Lilian e Teruo têm dois filhos, Vivian e Vinícius, que naquela época estavam no final da adolescência. Isso só tornou a situação ainda mais difícil. "Eu sentia que tinha que ser forte pelos dois e pelo meu marido, e ele também sentia isso por nós", conta Lilian. Normalmente, essa situação é difícil, pois a cada idade os filhos lidam com a situação de formas diferentes. "É importante os próprios pais se preparem para lidar com o sofrimento causado pela sua doença em seus filhos", considera a psico-oncologista Luciana Holtz. Normalmente, é possível ter um diálogo franco sobre o tema com os adolescentes, que conseguem entender melhor a situação do que uma criança. 
O apoio, porém, foi muito forte da família e dos amigos do casal. Teruo ainda se recorda: "meus amigos decidiram fazer uma corrente de orações no momento da minha operação, independente da religião de cada pessoa, eles nos mandaram força naquele momento. Depois, quando contei que a Lilian também passaria por uma cirurgia, eles fizeram a mesma corrente no momento da operação dela". 
É incrível ver como a experiência também muda as pessoas ao seu redor, elas também não sabem até onde elas podem ir
Mas, para Lilian o mais marcante foi ver como as pessoas da família foram modificadas pela situação. Ela nunca se esquece quando voltou para casa após a cirurgia e acabou desabando todo o nervosismo e medo que havia acumulado, chorando sem parar. Os pais dela foram até lá, e ninguém sabia o que fazer. "Meu pai nunca foi de ficar fazendo 'agradinhos' nos filhos, mas ele ficou tão desesperado que começou a me consolar, até me deu remédio de colher na boca e ficou comigo até eu adormecer. Isso para mim foi muito marcante", conta a arquiteta. "É incrível ver como a experiência também muda as pessoas ao seu redor, elas também não sabem até onde elas podem ir. Tenho certeza que foi uma surpresa para o pai a forma como ele reagiu", conclui. 

Uma força maior

Nem sempre as pessoas pensam em procurar apoio psicológico nesse tipo de situação, mas ela é bem vinda não só em casos como o de Lilian e Teruo, mas para qualquer pessoa que está passando por um câncer. Por sorte, não é preciso um tratamento específico voltado para a oncologia. "Qualquer apoio terapêutico é de muita utilidade e qualquer terapia que 'case' bem com as perspectivas deste indivíduo tem valor. A análise, a terapia de luto, a terapia de grupo, a arte terapia e até o desenvolvimento da espiritualidade podem ajudar", explica Luciana.
E foi exatamente o último item que mais deu força para Lilian. "Quando eu estava no ônibus voltando da consulta em que o médico me informou sobre o tumor, eu me lembro de ter pensado e perguntado para Deus 'já está na hora de eu ir embora?'. Depois disso eu comecei a sentir uma segurança e uma força tão grandes, que eu mesma não sabia que eu tinha", recorda. Uma amiga a levou para se confessar - algo que ela não fazia desde a primeira comunhão - e desde que se recuperou, Lilian vai à missa toda semana. 
Desde que se recuperaram, o casal Lilian e Teruo tem aproveitado mais a vida. "Estou mais 'saidinha'", conta Lilian
Porém, o mais importante é que a fé que Lilian e a família passaram a ter não os fez ficarem de braços cruzados. "Sempre com muita fé e esperança, nós fizemos tudo que podíamos para a recuperação dela", conta Teruo. Tanto que, juntamente com o tratamento médico tradicional, eles buscaram homeopatia e até mesmo chás ou alimentos. O resultado foi uma mudança geral no estilo de vida da família, pelo menos na cozinha. "Agora tentamos consumir tudo o mais natural: temos uma hortinha no quintal, procuramos não comer tantos produtos industrializados. Eu não tomo mais refrigerante e parei de comer tanta carne, só agora estou voltando a comer mais frango e peixe", relembra Lilian. 
Mas a mudança mais significativa para ela foi a de se priorizar mais. "As mulheres japonesas, principalmente, vivem para a família, se colocando em último plano (ou em nenhum!). E eu comecei a buscar mais o que gostaria de fazer. Por exemplo, eu nunca tinha ido a um show, mesmo na minha juventude, e hoje estou me considerando mais 'saidinha'". 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Pizzolato é preso com passaporte falso em nome do irmão na Itália.


Acesso à informação...Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo da Ação Penal 470, o mensalão, pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e corrupção

Publicação: 05/02/2014 15:43 Atualização: 05/02/2014 15:22

O documento estava com o nome do irmão do foragido da Justiça brasileira, Celso Pizzolato (Reprodução)
O documento estava com o nome do irmão do foragido da Justiça brasileira, Celso Pizzolato
          O ex-diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato foi preso na Itália no início da tarde destaquarta-feira (5/2). A prisão do condenado no processo da Ação Penal 470, o mensalão, foi resultado de uma operação conjunta das polícias brasileira e italiana.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Giro das famosidades.


Surpresa para os telespectadores, beijo gay em “Amor à Vida” foi planejado um mês antes

Rihanna oferece apoio financeiro aos famíliares de fã brasileiro assassinado - 1 (© Reprodução Instagram)
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Por FAMOSIDADES
                        SÃO PAULO - Enquanto o Brasil especulava sobre o tão esperado beijo entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), Walcyr Carrasco fazia de tudo para guardar segredo absoluto.
Além de se tratar de uma marca do autor, o mistério foi também uma solicitação da Globo, que autorizou com um mês de antecedência a cena, mas apenas se nenhuma informação a respeito vazasse, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”.
                           A emissora quis manter o sigilo sobre a intenção de gravar o momento romântico para poder medir a reação do público, além de evitar reações contrárias do público mais conservador.
Também por esses motivos, os atores envolvidos, bem como o dramaturgo, foram orientados a não falar sobre o assunto tão abertamente, para manterem o ar de dúvida. Caso as respostas dos fãs fossem contrárias, o beijo seria cancelado.
                       Porém, como todos já sabem, deu tudo certo no esquema do canal e o final da trama, exibido na última sexta-feira (31), repetiu seu recorde de audiência, com 48 pontos de média no Ibope - cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Acesso ao Direito e à Justiça.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014


Direito à Informação

A Lei na íntegra


    LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011
    Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.

    LEI Nº 4.990, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012
    Regula o acesso a informações no Distrito Federal previsto no art. 5º, XXXIII, no art. 37, § 3º, II, e no art. 216, § 2º, da Constituição Federal e nos termos do art. 45, da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e dá outras providências.