sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Rock in Rio começa mostrando Beyoncé, a maior chacrete do planeta.

13/09/2013 - 03h36



 
THALES DE MENEZES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
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Rock in Rio 2013A melhor notícia para os fãs brasileiros de Beyoncé, principalmente aqueles com ingresso para o show de hoje no Rock in Rio, é que o festival conseguiu encaixar essa passagem pelo Brasil dentro de sua mais pretensiosa turnê até hoje.
"The Mrs. Carter Show World Tour", que brinca com o nome verdadeiro do marido da cantora, Jay-Z, emprega tecnologia e inteligência para montar a moldura visual de canções que não cabem mais apenas em áudio.
A iluminação e um telão móvel que sobe e desce no palco acabam, a cada música do repertório, criando pequenos videoclipes ao vivo.

Beyoncé em Fortaleza

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Robin Harper/Invision for Parkwood Entertainment/Associated Press
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Beyoncé abre em Fortaleza a 1ª etapa de sua nova turnê pelo Brasil, que inclui nas suas cinco datas o Rock in Rio, na sexta Leia mais
É a reinvenção de sucessos como "Naughty Girl", "Party", "Why Don't You Love Me" e "Single Ladies", todos ganhando novas imagens.
Assim, a turnê trouxe ao Brasil o melhor que Beyoncé já mostrou até agora.
No primeiro show no país, no último domingo em Fortaleza, o comentário brincalhão dizia que o problema da apresentação era não ter um momento morno para dar a chance de comprar mais cerveja.
Não é exagero. Comparada a outras "divas" que passaram pelo Brasil nas duas últimas temporadas, Beyoncé não perde para ninguém em cima do palco.
Ela canta e dança mais e melhor do que Lady Gaga, Rihanna, Madonna e Katy Perry. Apresenta um show que supera os das outras em todos os quesitos, dos bailarinos à pirotecnia.
Bem, em pelo menos um quesito a briga é muito disputada: roupas. Cada uma tem seus problemas com a moda. Beyoncé é obcecada por vestidos curtos e muito justos.
Chacrinha (1917-1988) disse certa vez que, se uma de suas dançarinas de palco soubesse cantar, faria dela a maior do mundo.
O Velho Guerreiro não viveu para ver, mas a maior cantora do mundo hoje é, definitivamente, uma chacrete.
Beyoncé vai mostrar esta noite que dança bem como uma delas e veste seu corpão de chacrete com roupinhas de... chacrete.
Embora seja difícil imaginar que ela dispense malhação em academia, não parece uma viciada em puxar ferro. Não se vê em Beyoncé os músculos bem definidos. Ela é grande, forte, roliça.
Como se a natureza tramasse para agradar a seus fãs.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pena por formação de quadrilha pode prescrever caso haja novo julgamento

12/09/2013 - 03h05



 
DE BRASÍLIA
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Se o Supremo Tribunal Federal aceitar a possibilidade de um novo julgamento para alguns dos réus do mensalão, há a chance de que alguns condenados sejam absolvidos, se livrem de regime de prisão fechada ou mesmo tenham penas prescritas.
Isso pode ocorrer devido à nova composição do STF, que tem dois novos ministros desde a sentença.
Quando foi condenada por formação de quadrilha, no final do ano passado, a maioria dos réus foi considerada culpada em votações com placares apertados.
Os ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, que não participaram da primeira etapa do julgamento, votarão agora e podem apresentar argumentos diferentes.
O ministro que deixou o tribunal, Ayres Britto, era majoritariamente a favor das condenações.
Recentemente, Zavascki e Barroso participaram da sessão em que o senador Ivo Cassol (PP-RO), apesar de condenado por fraude em licitações, foi absolvido das acusações de ter cometido crime de formação de quadrilha.
Durante o julgamento de Cassol, venceu o argumento de que só existe quadrilha quando há uma união estável e permanente entre os réus para a prática de crimes.
O mesmo raciocínio foi apresentado pelo ministro Ricardo Lewandowski no julgamento do mensalão, quando ele revisou o voto do relator Joaquim Barbosa.
Para ele, a ligação dos réus se dava pela natureza política de suas funções, não porque haviam formado uma quadrilha. Tal posição, à época, foi derrotada.
Se houver um novo julgamento sobre as condenações por formação de quadrilha, é possível que Barroso e Zavascki alterem a maioria da corte, inocentando os condenados pelo crime.
Com isso, Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares escapam de prisão em regime fechado.
REGIME DE PRISÃO
Pela lei, condenados a mais de oito anos de prisão devem iniciar o cumprimento da pena na prisão.
Dirceu, condenado a 10 anos e 10 meses de cadeia por formação de quadrilha e corrupção ativa, ficaria com uma pena de 7 anos e 11 meses.
Assim, teria direito ao regime semiaberto, no qual só precisaria dormir no presídio.
O mesmo ocorreria com Delúbio, que veria sua condenação de 8 anos e 11 meses cair para 6 anos e 8 meses.
Além disso, mesmo que a nova composição não absolva os réus no caso de formação de quadrilha, Zavascki votou na primeira fase de análise de recursos pela redução de suas penas.
Barroso, por sua vez, repetiu diversas vezes que tinha vontade de reduzir penas, mas que não o fez por considerar que aquele recurso não era adequado para isso.
Dessa forma, mesmo no caso de serem novamente condenados, a nova composição da corte pode votar por penas mais brandas para a formação de quadrilha, o que permitirá a prescrição dos crimes.
Para que os réus sejam efetivamente condenados, é preciso que as penas por formação de quadrilha superem dois anos, caso contrário, devido ao tempo transcorrido entre a apresentação da denúncia, em 2006, e o julgamento em 2012, o crime estará prescrito.
LAVAGEM DE DINHEIRO
Além da formação de quadrilha, advogados dos réus esperam se beneficiar com as possibilidades de reversão da condenação ou de redução das penas no outro crime em que houve votação apertada, a lavagem de dinheiro.
Por este crime foi condenado o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Especialistas alertam para necessidade de se debater e prevenir o suicídio


A maioria dos casos está relacionada a transtornos psicológicos. No Brasil, o número de registros cresceu 45% em 15 anos, com 9.852 mortes em 2011. Em média, uma pessoa se mata a cada hora

Publicação: 11/09/2013 08:20 Atualização: 11/09/2013 09:28

Cercado de mitos, preconceitos e tabus, o suicídio ainda não deixou de ser tema quase proibido para entrar na agenda da saúde pública. É assunto daqueles que as pessoas diminuem o tom de voz ao abordá-lo. Agora, volta à tona depois de um caso de repercussão, como a suspeita de que o cantor e baixista Champignon tenha atentado contra a própria vida. Diante do embaraço, aqui e em várias partes do planeta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta ontem: um milhão se autoexterminam anualmente. Isso significa, segundo as Nações Unidas, uma vítima a cada 40 segundos.

Leia mais notícias em Brasil

No Brasil, o problema também é grave. Levantamento do Correio com base nas informações sobre mortalidade do Departamento de Informática do SUS (Datasus) aponta que o número de suicídios notificados saiu de 6.780, em 1996, para 9.852, em 2011 — um incremento de 45%. A média é de uma vida perdida a cada hora. Quarenta por cento das vítimas tinham entre 30 e 49 anos, seguidas pelo grupo mais jovem, de 15 a 29 anos, que corresponde a 30% do total de mortos. O Brasil fechou 2011 com um índice de 5,1 suicídios por 100 mil habitantes. A taxa não chega a de países como Finlândia, França ou China (mais de 16 por 100 mil habitantes), mas é grave o bastante para preocupar especialistas.

A matéria completa está disponível para assinantes neste link. Clique aqui para assinar o jornal.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dicas e mais dicas

Acento ou assento?

Por Thaís Nicoleti
Veja só a confusão que ocorreu outro dia num texto sobre automóveis:
“De acordo com o médico, veículos modernos são projetados para evitar dores no corpo do condutor. Os modelos mais sofisticados trazem acentos com abas laterais (sustentam o corpo e protegem a região lombar), volante com ajuste de altura e profundidade e fácil acesso aos pedais.”
Já percebeu qual foi o problema? “Acento” no lugar de “assento”! Pois é, “acento” é bem diferente de “assento”. Essas palavras são chamadas, na gramática tradicional, de homônimos. Isso porque elas têm exatamente a mesma pronúncia. A semelhança, no entanto, para por aí. Cada uma tem uma grafia e cada uma tem seu significado. Não há corretor ortográfico que nos ajude a corrigir esse tipo de erro. O único jeito mesmo é saber a hora de usar cada um dos homônimos.
Assento serve para sentar-se (veja a semelhança gráfica entre as palavras, que são da mesma família). O verbo “assentar” também pertence ao grupo de cognatos. Aliás, esse verbo tem dois particípios (assentado e assente). Foi a segunda forma que a angolana vencedora do concurso Miss Universo 2012 usou em sua declaração: “”De certa forma, a minha vida acaba de mudar. Vou precisar de Deus e de ter os pés bem assentes na Terra”.
Assento, com “ss”, é o banco do carro, é a poltrona do cinema, é a cadeira do brinquedo no Hopi Hari, é um lugar (o Brasil pleiteia um assento na ONU) e até mesmo… as nádegas!
Acento, com “c”, é a sílaba forte de uma palavra, o sinal gráfico que a demarca ou mesmo o sotaque.
Como vemos, “acento” e “assento” são coisas bem diferentes!… Vamos corrigir a frase? Veja abaixo:
“De acordo com o médico, veículos modernos são projetados para evitar dores no corpo do condutor. Os modelos mais sofisticados trazem assentos com abas laterais (sustentam o corpo e protegem a região lombar), volante com ajuste de altura e profundidade e fácil acesso aos pedais.”
  • ÚLTIMAS DICAS

Lixo de gente

10/09/2013 - 03h20


Jânio de Freitas.

 
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Há quem pense que faz pouco quem passa a vida, para ganhá-la honestamente, lidando com os restos deixados pelos outros. É o que pensam --se os imaginamos capazes de pensar-- os depredadores que despejam nas ruas o lixo das caçambas públicas, a pretexto de manifestação e protesto. O que fazem é impor um acréscimo perverso de degradação aos garis, sem a mais mínima consideração humana a esses a quem devemos, mais do que a quaisquer outros, a possibilidade de vida em comum nas usinas de imundice chamadas de cidades.
Destruir utensílios urbanos e emporcalhar prédios públicos é antissocial. Quebrar porta de banco como "agressão ao capitalismo" é imbecilidade. Mas não é provável que os autores de tais façanhas sejam capazes de perceber que não produziram efeito algum, além da mera destruição.
Mas quando voltam a sua cretinice feroz contra alheios indefesos e, ainda pior, já subjugados pela vida, aí essas bestas de cara escondida ou descoberta se tornam revoltantes. Por mim, são indefensáveis. O que quer que lhes aconteça é problema estritamente seu. Nada tem a ver com democracia ou com direitos humanos.
Poderiam ser levados para a cadeia ou o hospital metidos em uma caçamba de lixo.
A SOLUÇÃO
Tão limitados à política do "somos contra" quanto a União Soviética, os russos de Putin romperam ontem com a tradição.
Sua proposta de que a Síria submeta à vigilância internacional o seu estoque de armas químicas é a primeira ideia inteligente para o problema sírio. A solução política que esvazie a ansiedade bélica de Estados Unidos e França.
A proposta não convém a Barack Obama, tanto por vir do governo Putin, como por lhe retirar o tão necessário faturamento na opinião pública americana, como todas as guerras e ameaças fazem por lá.
Também por ser russa, no entanto, a ideia tende a encontrar na Síria de Assad a receptividade que lhe faltaria se proveniente de potência ocidental. Seria interessante ver a inteligência prevalecer, por uma vez, sobre a sanha de bombardear, arrasar, matar.
OS MESMOS
Primeira-dama do agronegócio, a senadora Kátia Abreu sustentou, em artigo na Folha, que "os financiadores (da defesa dos índios) são de países que competem com a agricultura brasileira e que cobiçam nossas riquezas minerais e vegetais". E, esqueceu-se a senadora, são também os fornecedores dos agrotóxicos e das sementes deformadas em uso pelo agronegócio, para aumentar sua lucratividade em detrimento de outras e melhores qualidades da agricultura esperáveis pelos consumidores daqui e de fora.
REFORMA
A ministra Marta Suplicy, da Cultura ou lá do que esteja sob esse rótulo, segundo a coluna de Ancelmo Gois ("O Globo"), emitiu breve informação sobre a autoritária proibição de biografias não autorizadas pelo autor ou por parentes: "Ainda não formei opinião".
Melhor assim. Da última vez que formou opinião, a cultura da ministra induziu-a destinar dinheiro dos cofres públicos para um costureiro exibir seus babados em Paris. O mesmo que, disse o próprio, já o fizera por lá duas vezes e com dinheiro seu.
Agora não é Ministério da Cultura, é Ministério da Costura.
Daniel Marenco/Folhapress
Janio de Freitas, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa com perspicácia e ousadia as questões políticas e econômicas. Escreve na versão impressa do caderno "Poder" aos domingos, terças e quintas-feiras.

Às vésperas da cotação sobre cassação, Raad vai à Justiça


O deputado distrital recorreu ao TJDFT para tentar suspender o caso. A atitude desagrada aos colegas, que podem cassá-lo amanhã

Publicação: 10/09/2013 06:04 Atualização:

Rodrigo Nazário: 'O deputado Raad merece ter o mesmo tratamento conferido pela Câmara a outros colegas' (Ed Alves/CB/D.A Press)
Rodrigo Nazário: "O deputado Raad merece ter o mesmo tratamento conferido pela Câmara a outros colegas"


A batalha para tentar impedir que a análise da cassação do distrital Raad Massouh (PPL) vá ao plenário da Câmara Legislativa do DF amanhã chegou ao Judiciário. A defesa do deputado entrou ontem com um mandado de segurança pedindo liminarmente a suspensão do processo que pode levar à perda do mandato do parlamentar por quebra de decoro. A expectativa é de que algum desembargador dê resposta ao pedido até hoje, já que a sessão está marcada para amanhã.

Conforme o Correio antecipou na semana passada, a principal base da argumentação dos advogados de Raad é o pedido de tratamento isonômico em relação a três outros parlamentares que tiveram procedimentos semelhantes suspensos recentemente pela Mesa Diretora.

“Pedimos a suspensão do processo em curso na Câmara até que o Conselho Especial (do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) analise o mérito do mandado de segurança. O deputado Raad Massouh merece ter o mesmo tratamento conferido pela Câmara Legislativa a outros colegas que têm até o processo mais avançado na esfera judicial”, explica o advogado de defesa do parlamentar, Rodrigo Nazário. A documentação foi entregue no TJDFT no início da tarde de ontem e, até o fechamento desta edição, ainda não havia resposta. “Mas não deve demorar, normalmente esses pedidos são analisados com rapidez”, acrescentou Nazário.

Livro alerta para lesões causadas por posturas de ioga.

10/09/2013 - 02h57



 
RODOLFO LUCENA
DE SÃO PAULO
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Uma cirurgia no crânio para retirada de tecidos mortos no cérebro e controle de hemorragias. Esse foi o tratamento para os danos de um acidente vascular cerebral sofrido por uma mulher de 28 anos que executava a postura do arco elevado: o corpo fica arqueado para trás o mais alto possível, apoiado nos pés e nas mãos, enquanto também se dobra o pescoço.
Na hora, ela sentiu "uma severa dor de cabeça latejante". No hospital, os médicos descobriram que uma artéria do pescoço tinha sido comprimida. Depois de dois anos de fisioterapia, ela ainda sofria tremores no braço esquerdo e sequelas no olho.
Esse é um dos casos de lesão grave relatados no livro "Moderna Ciência do Yoga "" Os Riscos e as Recompensas", que chega agora ao Brasil. Praticante de ioga há mais de 40 anos, o autor é editor sênior do "New York Times" e se dedicou a pesquisas sobre o tema por cinco anos.
Quando o livro saiu nos EUA,em 2012, William Broad foi chamado de "o inimigo número um da ioga". "Para muitos, ioga é como uma religião", disse à Folha. "Fui considerado um herege." Ele levantou estudos que relatavam um crescente número de lesões, além de lembrar sua própria experiência como lesionado.
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
"Uma dor cegante me obrigou a ignorar tudo. Minhas pernas falharam, e o recinto desapareceu em meio às lágrimas. Meu corpo bateu com força na parede. A recuperação levou semanas."
Talvez o mais impressionante, porém, seja um estudo realizado em 2009 com 1.300 professores e terapeutas de 34 países pedindo que informassem sobre lesões sérias que tinham visto.
Houve 231 relatos de lesões na porção inferior nas costas, 219 incidentes nos ombros, 174 no joelho, 110 no pescoço e ainda 43 ocorrências de hérnia de disco, 17 relatos de fraturas e cinco casos de problemas cardíacos. E apareceu o AVC, com quatro relatos.
"Não acredito que a ioga seja arriscada. Sou professor há mais de 30 anos e nunca tive casos", diz Anderson Allegro, 49, presidente da Aliança do Yoga, fórum de escolas de ioga no Brasil.
Mas eles existem. O ortopedista Henrique Cabrita, do Instituto Vita, diz receber até dois pacientes por mês com lesão no quadril por excesso de esforço em posturas de ioga, como a posição de lótus, estilo de básico de sentar.
Já no Instituto Cohen de Ortopedia, "as lesões não são tão frequentes", segundo o ortopedista Moisés Cohen.
Mas ele já atendeu casos de lesões nos meniscos que necessitaram de cirurgia.
Para fugir do bisturi, o iogue Roberto Marques, 32, recorreu a práticas da própria disciplina. Ele sofreu uma lesão há nove anos, quando demonstrava uma postura difícil, chamada "matsyendrasana", uma torção da coluna.
"Meu joelho estalou, houve rompimento do menisco medial. Consultei ortopedistas, os quatro recomendaram cirurgia. Preferi não fazer."
Apesar dos possíveis riscos, Broad, os mestres e os médicos ouvidos pela reportagem concordam que os benefícios são grandes, desde que o praticante e seu orientador estejam alertas.
"Os riscos, em geral, estão relacionados a erros nas posições e excessos de treinamento", afirma Cohen.
E Cabrita adverte: "Pacientes com artrose de quadril não devem fazem posições extremas. É importante ter uma boa orientação e que se conheçam lesões e queixas de dores dos praticantes".
MODERNA CIÊNCIA DO YOGA
Preço R$ 39,90
Editora Valentina

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Análise: Há situações em que voto secreto está a serviço da democracia

04/09/2013 - 12h08



 
MARCO ANTONIO TEIXEIRA
RAFAEL ALCADIPANI
ESPECIAL PARA A FOLHA
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Pressionado pela opinião pública após a desastrosa manutenção do mandato do deputado Natan Donadon, a Câmara aprovou uma PEC que determina o fim do voto secreto no Parlamento em todos os casos previstos pela Constituição Federal.
O alcance do voto secreto não se limita a cassações de mandato parlamentar. O expediente vale para eleição de presidentes dos Legislativos, julgamento das contas do presidente da República, autorização de estado de sítio, indicações de autoridades e chefes de missões diplomáticas, exoneração "de ofício" do procurador-geral da República e ainda apreciação de vetos presidenciais a leis aprovadas pelo Congresso.
Discutir o fim de todas as possibilidades de voto secreto apenas no calor do caso Donadon revela a simplificação de um debate que é muito mais complexo.
Em situações como a do deputado preso, o anonimato obviamente não faz o menor sentido. O Legislativo deve sim, de forma transparente, dizer se avaliza ou não a permanência na instituição de alguém condenado na esfera criminal com trânsito em julgado (sem possibilidade de recurso).
Mas há casos em que o voto secreto está a serviço da democracia. Na derrubada de vetos, assim como nas votações para a indicação de autoridades para altos cargos públicos, o voto secreto faz sentido porque é um instrumento capaz de proteger o parlamentar das pressões do Executivo e de interesses corporativos. Como se vê, o debate não é tão simples como se apresenta.
Por fim, o instrumento do voto secreto é algo muito importante para ser discutido a toque de caixa. O episódio demonstra que nosso Parlamento tem sido muito mais reativo do que propositivo, fato que certamente contribui para a sua imagem negativa junto à sociedade.
MARCO ANTONIO CARVALHO TEIXEIRA é professor do curso de administração pública da FGV-SP.
RAFAEL ALCADIPANI é professor do curso de administração de empresas da FGV-SP.
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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Manifestantes entregam bananas no Aeroporto JK em ato sobre lei trabalhista.


O Projeto de Lei 43/30 prevê a regularização de contratação de serviços terceirizados para as atividades empresariais

Publicação: 03/09/2013 11:43 Atualização: 03/09/2013 12:51

Sindicalistas entregam bananas aos passageiros do Aeroporto JK (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Sindicalistas entregam bananas aos passageiros do Aeroporto JK

Um grupo de sindicalistas da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB) entregou bananas às pessoas que desembarcavam no Aeroporto Internacional de Brasília nesta terça-feira (3/9). O ato foi realizado contra o Projeto de Lei 43/30, que, de acordo com a CTB, "atropela as leis trabalhistas”. O texto prevê a regularização de contratação de serviços terceirizados para as atividades empresariais.

Presidente da câmara diz que cobrará do STF urgência para decidir cassação de Donadon

03/09/2013 - 


 
DE SÃO PAULO
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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que cobrará do STF (Supremo Tribunal Federal) urgência para decidir a questão da cassação de Nathan Donadon (RO), primeiro parlamentar preso desde a redemocratização do país. A declaração foi divulgada em nota no final da noite desta segunda-feira (2).
O ministro do STF Luís Roberto Barroso suspendeu a sessão da Câmara que manteve o mandato de Donadon. O magistrado, porém, quer que a Mesa Diretora da Câmara declare a perda do mandato. Além disso, o plenário do STF ainda terá que analisar a decisão.
Alves virou então alvo de pressão tanto do PSDB como do PT: a oposição quer que o presidente da Câmara declare imediatamente a perda do mandato, enquanto aliados do governo defendem que se aguarde a decisão do plenário do Supremo, que poderá confirmar ou derrubar a decisão de Barroso.
Os petistas temem que, se Donadon for cassado, os deputados condenados no julgamento do mensalão terão o mesmo destino.
SESSÃO
A Câmara dos Deputados livrou Donadon da cassação na noite de quarta-feira (28) em votação secreta. O plenário registrou apenas 233 votos pela cassação --24 a menos do que o mínimo necessário--, contra 131 pela absolvição e 41 abstenções.
Dentre os 108 deputados que faltaram na sessão, 50 haviam registrado presença na Casa e se ausentaram do plenário na hora de deliberar sobre o tema.

Natan Donadon

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Sérgio Lima - 28.ago.13/Folhapress
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O deputado federal Natan Donadon (ex-PMDB-RO) se ajoelha no plenário da Câmara após sessão em que parlamentares decidiram não cassar o seu mandato apesar de ele ter sido condenado pelo STF e estar preso
A ausência dos parlamentares no dia que tradicionalmente há o maior quórum na Casa beneficiou Donadon. Outra coisa que ajudou o deputado-presidiário, foi sua defesa: a mais de 400 congressistas, chorou e implorou pela absolvição, citando dramas que vive em sua cela.
Donadon está encarcerado desde o dia 28 de junho em um presídio do Distrito Federal. Foi condenado pelo STF a mais de 13 anos de prisão pelo desvio de R$ 8,4 milhões da Assembleia de Rondônia por meio de contratos de publicidade fraudulentos.
Segundo a Penitenciária da Papuda, onde Donadon está preso, ele ocupa cela individual pelo status de deputado. Sua família ainda ocupa um apartamento funcional em Brasília, que deveria ser desocupado em caso de cassação. "Tenho sofrido muito, até para alugar uma casa está difícil, minha mulher veio aqui pedir pelo amor de Deus", afirmou, em referência ao apartamento funcional que sua família ainda ocupa em Brasília e que deverá ser desocupado em caso de cassação. A Câmara cortou o seu salário e demais verbas desde que foi preso.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Após denúncia, Dilma convoca reunião de emergência sobre espionagem

02/09/2013 - 11h12


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TAI NALON
DE BRASÍLIA
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Atualizado às 12h07.
Após novas suspeitas de espionagem norte-americana reveladas em reportagem da TV Globo neste domingo, desta vez como alvo a própria presidente, Dilma Rousseff convocou para a manhã desta segunda-feira (2) uma reunião de emergência no Palácio do Planalto
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) confirmou o encontro durante evento mais cedo no Palácio do Planalto. Disse que havia sido convocado, devido a uma "situação de emergência" e citou o caso de espionagem.
Oficialmente, constam da agenda matutina da presidente o próprio Carvalho e o ministro Paulo Bernardo (Comunicações). Mas os ministros Celso Amorim (Defesa), Helena Chagas (Comunicação Social), José Eduardo Cardozo (Justiça), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e José Elito (Gabinete de Segurança Institucional) também estiveram com a presidente em duas reuniões diferentes. As reuniões começaram por volta de 9h45 e terminaram pouco antes de meio-dia.
Ontem, Dilma se reuniu ontem com o ministro José Eduardo Cardozo. O ministro Paulo Bernardo considerou a espionagem "um absurdo completo". Segundo ele, "não tem nada a ver com segurança nacional [dos EUA]. Isso é arapongagem para obter vantagem nas negociações comerciais e industriais", afirmou.
SUSPEITAS DE ESPIONAGEM
Segundo reportagem do "Fantástico", da Rede Globo, exibida neste domingo, a presidente foi alvo direto da espionagem realizada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos).
Os documentos secretos que basearam as denúncias foram obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald com o ex-técnico da NSA Edward Snowden. Eles faziam parte de uma apresentação interna para funcionários da agência.
De acordo com o programa, foi monitorada a comunicação entre Dilma e seus assessores, assim como dos assessores entre eles e com terceiros. Também Enrique Peña Nieto, atual presidente mexicano (então líder na campanha presidencial), teria sido espionado.
O documento obtido pelo "Fantástico" mostra que a NSA utilizou programas capazes de capturar inclusive o conteúdo de e-mails.
No caso de Dilma, o objetivo da operação seria o de "melhorar a compreensão dos métodos de comunicação e dos interlocutores da presidente e seus principais assessores".

domingo, 1 de setembro de 2013

Médico cubano vê vinda ao Brasil como chance de fazer pé-de-meia.

01/09/2013 - 01h30
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FLÁVIA MARREIRO
DA ENVIADA ESPECIAL A HAVANA
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"Mãe, o que você acha de Carlos David?", pergunta Laura, 25, com uma barriga redonda em um vestido florido, a Ana, uma médica de 49 anos que deixará Havana rumo ao Brasil no dia 10.
"Gosto muito", diz a médica, que diz que o terceiro neto nasce em novembro. "Com o primeiro foi o mesmo. Eu estava na Venezuela, mas pude vir para o parto. Foi bom. Agora não sei como vai ser."
Missões no exterior elevaram status da carreira médica em Cuba
Exportação de médicos em massa afeta sistema de saúde cubano
Não só Ana, funcionária de um hospital de Havana, mas também seu marido, em missão técnica pelo governo de Cuba num país africano, podem perder o nascimento.
A médica não tem dúvida, no entanto, de que valerá a pena ser um dos 4.000 profissionais recrutados por Cuba para o Mais Médicos.
Ela diz não saber quanto ganhará no Brasil. Ouviu que serão US$ 1.000 (R$ 2.380) dos US$ 4.201 (R$ 10 mil) que o governo brasileiro pagará ao cubano por médico, mas isso não lhe importa.
"Por pior que seja o país, vale a pena. Sempre o salário vai ser maior do que aqui. E o que ganhamos vale muito aqui em Cuba. Além do mais, é uma coisa que não é fácil de entender. Nós somos formados desde pequenos com outra ideia de medicina, gostamos de servir", diz Ana.
Sem os sete anos em que ela e o marido passaram na Venezuela, em missão similar a que cumprirá no Brasil, ela jamais compraria a casa própria subsidiada pelo Estado no valor de US$ 4.000.
Em Cuba, há duas moedas vigentes. O peso cubano, da maioria dos salários e de alguns produtos básicos, e o CUC, equivalente ao dólar, que compra tudo o mais.
A médica, com mestrado em emergências médicas e professora, ganha algo como US$ 26 mensais --ou R$ 62.

Editoria de Arte/Folhapress