Ex-funcionário do Detran recebeu R$ 70 mil para elaborar relatório, diz MPInvestigação do suposto esquema criminoso para liberação do projeto arquitetônico e emissão do alvará do JK Shopping culminou na prisão do ex-governador Paulo Octávio
Publicação: 04/06/2014 12:07 Atualização: 04/06/2014 12:07
Paulo Octávio está detido em um batalhão da Polícia Militar: defesa tenta acessar o decreto de prisão |
A investigação da Polícia Civil, requisitada pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que culminou na prisão do ex-governador Paulo Octávio, revela a participação do empresário no suposto esquema criminoso para liberação do projeto arquitetônico e emissão do alvará de construção do empreendimento JK Shopping e Tower, em Taguatinga Norte. O inquérito, concluído em janeiro deste ano, aponta uma série de manobras realizadas por agentes públicos e funcionários do grupo PaulOOctavio para burlar a legislação.
Saiba mais...
Ex-vice-governador Paulo Octávio é transferido para sala de Estado-Maior Paulo Octávio passa a noite preso por suposta fraude de alvarásMarcelo Turbay, um dos advogados do empresário, reclamou da ordem de prisão. “A defesa enfrenta um absurdo e uma situação esdrúxula, uma vez que não tivemos acesso ao decreto de prisão preventiva. O fato é curioso porque vai contra o direito de defesa e o estado democrático de direito”, afirma. Segundo Turbay, Paulo Octávio é inocente e está com a consciência tranquila.
Para a polícia, não resta dúvidas de que as equipes do grupo PaulOOctavio prestaram informações falsas ao Detran para burlar as normas e ter o RIT aprovado. Após a inauguração do JK Shopping, em 16 de novembro, foi constatada pela Seção de Análise Criminal da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) o crescimento no número de acidentes de trânsito. Segundo o inquérito, o motivo é o aumento de veículos no local e a ausência de implementação de medidas para prevenir impactos negativos por parte do empreendedor. Segundo o MP, a falsificação de relatórios de impactos de trânsito teve atuação de Albano de Oliveira Lima, ex-diretor do Detran, e José Oliveira Lima, servidor do órgão. O Ministério Público, por meio das Promotorias Criminais de Taguatinga, ofereceu denúncia contra os dois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário