sábado, 21 de fevereiro de 2015

Acesso e Poesias.


Declaração de amor a Brasília

 por Aliene Coutinho

Foi amor à primeira vista. Cheguei e a vi do alto, lá de cima, de Sobradinho. Um fim de tarde de milhares de luzes acesas como um parque de diversão.
Ainda hoje fecho os olhos e a vejo assim… colorida, ampla a me receber de braços abertos. Andei por suas ruas, sem calçadas e nada estranhei. Uma sensação de sempre ter feito parte daquilo que nem conhecia.
Há trinta anos mantenho as mesmas emoções e vivo intensamente cada um dos seus cantos. As cidades que circulam o Plano Piloto foram aos poucos se revelando. Nelas fiz amigos, experimentei um pouco dos “brasis” que as completam.
Aqui somos tantos dentro de um pequeno quadrado, que sobra conversa numa mesa de bar onde cada um veio de um lugar diferente. Mistura de sotaques, de sabores, de costumes que esperneia para formação de uma cultura única chamada Brasília.
Nada me dá mais prazer que apresentá-la. Atravessar o eixo monumental de cabo a rabo, ser turista tantas e tantas vezes e ainda admirar a arquitetura em harmonia com a natureza, com horizontes sem fim, moldurada por um céu escarlate na época da seca, ou de um azul intenso nos outros meses do ano.
Caminhar no parque, na orla do lago. Muitas vezes me estico para tocar as nuvens como se elas estivessem ao alcance. Por mais que o dia seja cansativo, aproveito o tempo no trânsito para observar o que ainda tem dessa Brasília por quem sou tão apaixonada. E creiam: volto para casa cheia de energia, uma profusão de sentimentos que me faz parar e declarar tudo que sinto quando sei que faço parte desta história que está além do poder.
Aqui a vida pulsa e as pessoas, como eu, criam raízes que se entrelaçam com as desta cidade, que teimosa, segue e se mantém acima de qualquer suspeita.
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Aliene-Coutinho-Jornalista-Tv-Globo-Acontece-Brasilia
#Poesias da Aliene
> Aliene Coutinho
alienebsb@gmail.com
Jornalista, editora de tv, cronista e poeta. Uma ‘paraibana’ que acolheu Brasília como cidade natal há 30 anos.

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