segunda-feira, 19 de maio de 2014

Votação da "Ficha limpa" das ONGs entra na pauta da Câmara nesta semana.



Repasses de recursos para Organizações Não Governamentais dobraram em menos de dois anos

Andre Shalders - Correio Braziliense
Publicação: 19/05/2014 07:36 Atualização: 19/05/2014 07:44

A Câmara dos Deputados deve votar esta semana, em segundo turno, o projeto de lei que cria o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), para disciplinar as relações entre o Estado e as organizações não-governamentais. Entre outros pontos, o texto prevê a criação do Cadastro Nacional de Ongs, a ser gerido pelo Ministério da Justiça, e uma espécie de “ficha limpa”, que impedirá as organizações com algum tipo de irregularidade ou pendência judicial de receber recursos públicos. A ideia de criar novas regras para o “terceiro setor” apareceu pela primeira vez em 2004, na esteira da primeira CPI das ONGs, e se arrasta pelo Congresso há quase 10 anos.

Apesar dos problemas, as parcerias entre as organizações e o Estado vem ganhando importância nos últimos anos. O valor transferido pela União a entidades sem fins lucrativos saltou de pouco mais de R$ 750 milhões, em 2011, para cerca de R$ 1,611 bilhão, em 2013. Em 2014 já foram outros R$ 578 milhões investidos nesse tipo de parceria. Se aprovado no plenário, o projeto segue direto para sanção presidencial.

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Os números acima foram obtidos por meio do portal Siga Brasil, do Senado Federal, e excluem as transferências feitas ao chamado “Sistema S”, ao Fundo Partidário e a entidades sindicais. Alguns dos antigos modelos de repasse às entidades, como os Termos de Parcerias, celebrados com as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) e os Contratos de Gestão, feitos com as Organizações Sociais (OSs), foram abandonados pela União nos últimos anos.

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