segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PT prepara ato de desagravo contra a prisão de Dirceu e Genoino.


Diretório Nacional do partido se reúne hoje, três dias depois das prisões de Dirceu e Genoino, e promete "reação" contra a detenção dos correligionários

Paulo de Tarso Lyra - Correio Braziliense
Publicação: 18/11/2013 07:26 Atualização: 18/11/2013 08:17

Rui Falcão, presidente do PT, diz que a prisão dos mensaleiros 'fere o princípio da ampla defesa' (Iano Andrade/CB/DA Press)
Rui Falcão, presidente do PT, diz que a prisão dos mensaleiros "fere o princípio da ampla defesa"


O PT promete elevar o tom hoje na reclamação contra a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do deputado José Genoino (PT-SP), condenados no julgamento do mensalão. O Diretório Nacional do partido se reúne em São Paulo para debater a conjuntura política e econômica do país e os preparativos para o congresso da legenda em dezembro. Entretanto, deve fazer um novo desagravo aos companheiros detidos em Brasília. “O PT tem que reagir, o que estão fazendo com nossos companheiros é uma arbitrariedade”, protestou o deputado Carlos Zarattini (SP).

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O parlamentar não integra o Diretório Nacional, mas é uma das vozes que se coloca como revoltada com a situação. “Dirceu e Genoino deveriam estar no regime semiaberto, mas estão no fechado, e nas piores condições possíveis. Isso é inadmissível”, completou.

Na última sexta-feira, quando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, expediu os mandados de prisão, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou nota sobre o caso. Falcão classificou a antecipação dos pedidos de detenção como algo “casuístico e que fere o princípio da ampla defesa”. A nota oficial, no entanto, alerta que, como qualquer decisão judicial, ela precisa ser respeitada. “Embora caiba aos companheiros acatar a decisão, o PT reafirma a posição anteriormente manifestada em nota da Comissão Executiva Nacional, em novembro de 2012, que considerou o julgamento injusto, nitidamente político, e alheio a provas dos autos”, explicitou o presidente petista, acrescentando que não houve compra de votos, enriquecimento ilícito ou desvio de dinheiro público.

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