É algo muito ruim você passar cinco anos em
uma universidade e, prestes a colar grau, da noite para o dia a instituição
acadêmica fecha as portas - por vários motivos, sobretudo má gestão.
Mais de quatro mil alunos, inclusive " euzinha ", estamos
passando por esse doloroso e frustrante momento.
Como se não bastasse a má estrutura,
a falta de compromisso com o ensino, com o consumidor, com o cidadão
brasiliense – o mesmo problema agora assombra as universidades do Rio de
Janeiro – a tradicional Gama-filho e, talvez, tantas outras devem estar na mesma situação.
Dediquei muitos anos aos estudos,
muitas vezes, sem dinheiro para o alimento.
Muitas vezes- minha mãe e toda a
família na torcida diziam: - “você vai
chegar lá!” “Não desanime!”
O FIES - Financiamento Estudantil
– dificílimo na minha época! Precisava até mesmo de fiadores- credo!!!.
Como alguém iria ser fiador de um estudante
que não tem dinheiro para o alimento?
Ainda bem que esta fase passou-
mudaram as regras.
Mesmo assim, conheci colegas que
estavam em situação de doença grave e que não puderam fazer o “congelamento”
temporário do FIES - por mais de duas vezes.
Por falar em FIES - a Faculdade
Alvorada (agora judicialmente lacrada)
recebia o dinheiro e não repassava às finalidades necessárias, nem mesmo
conseguia pagar regularmente o aluguel do edifício no qual funcionava (conforme
noticiado pela mídia). Tecnicamente falando:
“uma apropriação indébita”.
Os
funcionários- coitados - já ficaram até cinco meses sem receber.
Os Professores - tão importantes
profissionais do ensino - sempre desrespeitados.
Nós estudantes então...”sem voz,
nem vez”- buscamos a ajuda da imprensa e gritamos aos quatro ventos para sermos
ouvidos.
Naquela
Faculdade, amargamente fomos os primeiros do Brasil a passar pela tal "transferência
assistida" que não atendeu as demandas dos alunos de, nada menos que, vinte
e dois cursos.
Sinceramente, o MEC deveria se
preocupar em fiscalizar, com muito mais rigor- questões tais como instalações,
valor abusivo das mensalidades e sobretudo a qualidade do ensino.
Ah meu País! Nosso País! - se continuar assim....O povo
certamente, justamente e novamente tomará conta das ruas e cobrará nossos
direitos. Direito à educação, saúde, segurança pública e transporte dignos
desse tão sofrido povo nessas “questões-problema” que se eternizam em promessas
de campanha.!
O povo sofre! Sofre muito e
sofre há muito!
Em pleno exercício de minha
cidadania, em uma República Democrática não tenho receio em dizer: sou pela
mobilização social. O povo tem que tomar as ruas pelos nossos direitos!!!
Lidiane Mendes
Graduanda em Direito (se Deus nos ajudar)
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