sábado, 5 de abril de 2014

Manifestação acontece em outros estados brasileiros neste fim de semana.

Protesto contra estupro reúne 80 pessoas no centro de Brasília

Publicação: 05/04/2014 16:14 Atualização: 05/04/2014 18:08
 (Bruno Peres/CB/D.A Press)
Ativistas do movimento "Eu não mereço ser estuprado" realizam uma manifestação contra a violência sexual na tarde deste sábado (5/4) na região central de Brasília. Segundo a Polícia Militar, aproximadamente 80 pessoas se reuniram na Rodoviária do Plano Piloto. A concentração teve início por volta das 14h30 no Museu Nacional da República. 
Segundo a estudante de direito e uma das organizadoras da passeata Priscilla Melo Miranda, o objetivo do protesto é conscientizar as pessoas sobre o que realmente é um estupro. "Um beijo, um abuso, já pode ser considerado uma violência. A educação tem que vir de dentro de casa e das escolas", argumentou. 

O movimento é inspirado na campanha on-line promovida pela jornalista Nana Queiroz, que também está presente na passeata e apoia a causa. Nana criou uma página na rede social Facebook que  já conta com mais de 10 mil membros e  e recebeu apoio até da presidente Dilma Rousseff.

O protesto contra o estrupo também está marcada para acontecer em outros estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

Apesar da confirmação do erro do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) - inicialmente o estudo apontava que 65% dos brasileiros eram favoráveis ao ataque a mulheres que usam pouca roupa, porém, ontem o instituto corrigiu a informação e informou que a taxa é de 26% -, Nana Queiroz considera o resultado alarmante. "Fico feliz, mas 26% ainda é alto e 58% das pessoas afirmam que se as mulheres se comportassem mais haveria menos estupro", disse. Ainda segundo a jornalista, o erro foi "feliz" pois mostrou como as redes sociais servem como arma de articulação.

Nana Queiroz também demonstrou estar surpresa com a repercussão da campanha. "Não imaginava que ia ser tão grande. A gente queria fazer um protesto para os amigos, uma performance on-line, mas o movimento cresceu", apontou.

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